Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecha em leve baixa nesta sexta-feira, com o acirramento das tensões entre Estados Unidos e China. Embora o país asiático continue comprando soja norte-americana, não se sabe quanto tempo isso ainda vai durar, tendo em vista acontecimentos recentes como o fechamento de consulados.
O mercado também passa por uma correção, após ter subido em sete das oito sessões anteriores e acumulado valorização de 2,8% no período.
A forte demanda externa pelo grão produzido nos EUA impede uma queda mais acentuada dos preços. O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse mais cedo que exportadores relataram vendas de 252 mil toneladas de soja para destinos não revelados. Este foi o nono dia útil seguido com anúncio de vendas avulsas de mais de 100 mil toneladas. No período, o volume totalizou 3,265 milhões de toneladas, sendo 2,145 milhões de toneladas para a China. O USDA informou também que foram relatadas vendas de 133 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas.
O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 0,75 cent (0,08%), para US$ 8,9925 por bushel.
Os contratos de milho operam em leve baixa, com o clima favorável nos EUA e a perspectiva de uma safra volumosa no país. Segundo a empresa de meteorologia DTN, a previsão é de tempo quente e úmido no Meio-Oeste neste fim de semana. Na semana que vem, há grande chance de chuvas em boa parte da região e temperaturas mais próximas da média, o que deve beneficiar as lavouras.
A expectativa de produção robusta nos EUA vem ofuscando a boa demanda externa pelo milho norte-americano. Ontem, o USDA disse que exportadores venderam 220.600 toneladas de milho da safra 2019/20 na semana passada. Para a safra 2020/21, foram vendidos 2,327 milhões de toneladas. A China comprou 1,96 milhão de toneladas do volume total, de 2,55 milhões de toneladas.
O mercado também é influenciado por temores de que as tensões entre EUA e China levem o país asiático a reduzir as compras de produtos agrícolas norte-americanos.
Os futuros de trigo operam em alta, com a expectativa de oferta global mais apertada. Ontem, o Conselho Internacional de Grãos reduziu sua estimativa de produção mundial em 6 milhões de toneladas, para 762 milhões de toneladas. Segundo o IGC, o corte se deve à expectativa de menor colheita nos principais produtores, como Estados Unidos, União Europeia e Rússia.
A queda recente do dólar ante as principais moedas contribui para os ganhos, já que torna commodities produzidas nos EUA mais atraentes para compradores estrangeiros.
O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 0,75 cent (0,08%), para US$ 8,9925 por bushel.
Tupã Cereais Ltda
Dpto comercialização de grãos.