O SOS Agro RS chegou a Jari. Na tarde de terça-feira, 13 de agosto, mais de 50 produtores rurais se reuniram às margens da Avenida Hipolito Cardoso Silveira para manifestar sua insatisfação com as ações oferecidas pelo governo federal para enfrentar a crise no setor.
Durante o protesto, os participantes expressaram sua indignação com o tratamento recebido pelo setor agropecuário. Além das condições oferecidas, os discursos destacaram a difícil realidade enfrentada no campo. Após dois anos de estiagem e as chuvas intensas nos meses de abril e maio, os produtores pedem mais prazo para quitar suas dívidas.
“O agro, como todo mundo sabe, vem sofrendo há 3 anos com a seca e, recentemente, com as chuvas intensas que ocorreram exatamente na época da colheita da soja. Isso não afeta apenas os agricultores, mas também os pecuaristas, que enfrentam a falta de pastagem para o gado. Não estamos fazendo choradeira ou pedindo anistia. Estamos apenas solicitando ao governo federal uma prorrogação das dívidas para os municípios em estado de emergência, como é o caso de Jari. Ninguém está pedindo nada de graça”, afirmou Daniel Dias, um dos produtores rurais presentes.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tupanciretã e Jari, João Antônio Moreira Cardoso, concluiu sua fala citando uma frase que, segundo ele, o inspira no movimento sindical: “Se o agricultor não planta, a cidade não almoça e não janta”.
O município de Jari se uniu a outras 150 cidades que já aderiram ao SOS Agro RS.