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Política

Patrimônio dos candidatos ao Piratini varia de R$ 60 mil a R$ 25 milhões

Confira valores e evolução da riqueza dos que já registraram suas candidaturas

Publicada em 15/08/18 às 16:42h

CORREIO DO POVO


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Os dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que a corrida pelo Executivo gaúcho será mais uma vez disputada por uma maioria de candidatos financeiramente bem-sucedidos. Dos seis que registraram suas candidaturas e já tiveram as informações consolidadas pelo TSE, quatro possuem patrimônio superior a R$ 1 milhão. Ainda falta o registro de Eduardo Leite (PSDB). O prazo termina nesta quarta-feira.

Os dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que a corrida pelo Executivo gaúcho será mais uma vez disputada por uma maioria de candidatos financeiramente bem-sucedidos. Dos seis que registraram suas candidaturas e já tiveram as informações consolidadas pelo TSE, quatro possuem patrimônio superior a R$ 1 milhão. Ainda falta o registro de Eduardo Leite (PSDB). O prazo termina nesta quarta-feira.

Entre todos, Mateus Bandeira (Novo) é o que dispõe da maior fortuna, várias vezes superior a dos demais: R$ 25 milhões. Miguel Rossetto (PT) declarou R$ 1,5 milhão. Jairo Jorge (PDT) tem R$ 1,3 milhão e José Ivo Sartori (MDB) contabiliza R$ 1,2 milhão. As exceções, até agora, são Roberto Robaina (PSOL), que apontou bens com valor total de R$ 210 mil, e Júlio Flores (PSTU), que possui R$ 60 mil. Para a maioria, a atividade política foi acompanhada de enriquecimento. Nos últimos 10 anos, Sartori dobrou o patrimônio. O de Jorge aumentou 13 vezes. O de Rossetto foi multiplicado por 15 em 12 anos. Guardadas as devidas proporções, o de Robaina é hoje 40 vezes maior do que em 2006.




A título de comparação, o rendimento médio per capita da população do RS, em 2017, foi de R$ 1.635,00 mensais, conforme os dados do IBGE. As informações sobre os candidatos não apenas ao Executivo, mas a todos os cargos em disputa nas eleições de outubro, podem ser acessadas por qualquer cidadão no site do TSE.

MATEUS BANDEIRA (NOVO) – R$ 25.076.561,69

Integrante do conselho diretor do Banco Pan, o consultor Mateus Bandeira é dono do maior patrimônio entre todos os candidatos: R$ 25 milhões. A fortuna, um total de 22 bens listados, inclui aplicações financeiras (R$ 10,8 milhões), ações (R$ 6,5 milhões), fundos (R$ 3,1 milhões), imóveis (entre eles um apartamento de R$ 3,4 milhões) e veículos. Apesar de Bandeira ter ocupado vários cargos públicos, tornando-se mais conhecido pelos dois últimos, o comando da Secretaria de Planejamento e o do Banrisul durante parte do governo de Yeda Crusius (PSDB), não é possível acompanhar sua evolução patrimonial no TSE, porque não disputou eleições anteriormente.

MIGUEL ROSSETTO (PT) – R$ 1.554.136,66

O ex-ministro Miguel Rossetto tem hoje um patrimônio 15 vezes maior do que aquele registrado em 2006, última vez em que disputou um mandato eletivo antes destas eleições de 2018. Conforme os dados do TSE, em 2006, quando concorreu ao Senado, Rossetto declarou um patrimônio de R$ 102.000,00, concentrado em dois bens: uma casa e um automóvel. Agora, o patrimônio do ex-ministro totaliza R$ 1.554.136,60, resultado da soma de oito bens, sendo quatro imóveis os mais valiosos: um apartamento de R$ 507.500,00, uma sala avaliada em R$ 441.613,20, uma casa de R$ 283.491,94 e um terreno de R$ 150.000,00.

JAIRO JORGE (PDT) – R$ 1.323.679,98

O ex-prefeito de Canoas também teve forte incremento no patrimônio nos últimos 10 anos, quando suas posses aumentaram em 13 vezes. Nas eleições de 2008, quando disputou pela primeira vez a prefeitura de Canoas, Jorge declarou R$ 100.119,69, compostos por nove bens, sendo que um imóvel, no valor de R$ 78.675,56, respondia pela quase totalidade do montante indicado. Agora em 2018 ele acumula R$ 1.323.679,98, distribuído em oito bens. Um apartamento avaliado em R$ 1 milhão e uma casa de R$ 280 mil concentram quase todo seu capital.

JOSÉ IVO SARTORI (MDB) – R$ 1.218.769,95

O patrimônio do governador José Ivo Sartori (MDB) um pouco mais que dobrou de tamanho nos últimos 10 anos, apesar de ter permanecido estável de 2014 para cá. O incremento se deu principalmente entre 2008, quando ele concorreu pela segunda vez à prefeitura de Caxias do Sul, e 2014, quando disputou pela primeira vez o governo. Conforme os dados no TSE, em 2008 Sartori declarou 12 bens, entre imóveis, aplicações e outros, totalizando R$ 573.644,35. Em 2014 suas posses alcançaram R$1.138.060,01. Neste ano de 2018 seus bens somam R$ 1.218.769,95. A maior parte está em aplicações financeiras, como os R$ 513.559,81 mantidos em uma aplicação de renda fixa, e em imóveis. Destes, dois apartamentos, um terreno e uma sala comercial somam R$ 455 mil. O governador também dispõe de R$ 219.102,72 em um plano de previdência privada.

ROBERTO ROBAINA (PSOL) – R$ 210.196,30

Mesmo com uma base de valores muito mais modesta, o vereador Roberto Robaina também registrou enriquecimento entre 2006 e 2018. Nas eleições de 2006, quando também tentou o governo, as posses de Robaina se restringiam a um automóvel, avaliado em R$ 5 mil. Agora o vereador declarou patrimônio 40 vezes superior, de R$ 210.196,30. São referentes a um apartamento, um automóvel, uma caderneta de poupança e valores em conta bancária. Robaina, contudo, é o único dos candidatos que empobreceu entre as últimas disputas. Em 2016, quando se elegeu para a Câmara, ele era dono de R$ 264.371,94.

JÚLIO FLORES (PSTU) – R$ 60.000,00

O professor Júlio Flores, candidato nas últimas sete eleições anteriores a 2018, é o com o menor patrimônio declarado entre os postulantes ao governo: R$ 60 mil, referentes a um apartamento. Nos últimos 10 anos seu número de bens permaneceu inalterado. Em 2008, quando concorreu sem sucesso a uma vaga na Câmara de Vereadores, também listou um apartamento. À época, avaliado em R$ 30 mil.

 


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