'Eu apertei 17 e está aparecendo nulo aqui', disse o cidadão filmando a urna; caso aconteceu no Pará e o Tribunal Regional Eleitoral do estado afirmou que o eleitor ainda empurrou a supervisora da mesa, quando ela tentava impedir gravação
Um homem denunciou uma suposta fraude em uma urna localizada na Escola Manoel Leite Carneiro, no bairro do Tenoné, em Belém (PA), e virou piada na internet. No vídeo, o eleitor tenta votar em Jair Bolsonaro (PSL), digitando o número 17, porém para o cargo de governador.
“Olha, gente. Eu apertei 17 e está aparecendo nulo aqui. Aqui no Tenoné, viu? Eu sou eleitor do Bolsonaro e votei 17. Urna adulterada. Pode me prender. Pode chamar a polícia para me prender”, afirma o homem. No conteúdo, ele ainda dá voz a duas testemunhas, presentes na seção.
Também no vídeo, o homem acusa o ministro da Segurança do governo Temer, Raul Jungmann, de ameaçar os eleitores do candidato do PSL. Além disso, chama Jungmann de “bandido”.
Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) informou que, “a supervisora da mesa receptora de votos tentou impedir a ação de filmagem”, já que a gravação é proibida. No entanto, a mulher teria sido empurrada pelo suspeito, segundo o TRE/PA.
Por causa dos crimes, a Justiça Eleitoral do Pará decretou do homem, denominado Paulo Roberto Duarte Pereira. A mesária, identificada como Patricia Susy Santos do Amaral do Carmo, registrou boletim de ocorrência, enviado à reportagem.
O caso foi tipificado pelo crime eleitoral de "promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais", segundo a lei 4.737/1965. A confusão ocorreu por volta das 8h20 (de Brasília), segundo o documento.
O estado do Pará tem 2º turno para o cargo de governador, mas nenhum dos candidatos é do PSL. Portanto, ao digitar o número 17, a urna interpreta o voto como nulo. O governo local é disputado entre Márcio Miranda (DEM) e Helder Barbalho (MDB).
Com informações da Agência Estado.