Na manhã desta sexta-feira, dia 11, a Polícia Civil da 3ª e 5ª regiões realizou, junto da SUSEPE e 2° BPChoque, etapa da ‘Operação Forasteiro’ na cidade de Tupanciretã. Foram realizadas 12 prisões - preventivas ou temporárias - e também mandados de busca e apreensão. A operação, que em Tupanciretã aconteceu nos bairros Centro, Chiapetta, Gaúcho e Quadro do Frigorífico, também foi deflagrada nas cidades de Santa Maria e Sarandi.
Mobilizando um efetivo de 70 policiais e 23 viaturas, a operação, que visa combater o tráfico de drogas e outros crimes a ele relacionados - estelionato, roubo, furto e organização criminosa - buscava desarticular um grupo que realizava delitos no município de Tupanciretã e também nos âmbitos estadual e federal.
A investigação que culminou na Operação Forasteiro foi comandada pelo Delegado Titular de Tupanciretã, Adriano de Rossi, e teve seu início no mês de maio de 2020, com a coleta de indícios que permitiram a ação ocorrida na manhã desta sexta.
O Delegado Regional, Sandro Meinerz, revelou que as atuações do grupo criminoso eram controladas de dentro das próprias penitenciárias. Havendo, inclusive, conexões com a facção paulista PCC, através de presidiário monitorado no Presídio Estadual de Sarandi.
O chefe do grupo criminoso, presidiário da Penitenciária Estadual de Santa Maria, possui vasta ficha criminal e já vinha sendo investigado pela Delegacia de Júlio de Castilhos por estelionato. "É a partir do celular que ele [o chefe do grupo] entre em contato com seus subordinados, com as vítimas. Hoje em dia, o acesso ao celular dentro de presídios é algo muito fácil.”, falou o delegado Adriano.
O Delegado Titular de Tupanciretã também informou que, em meados de agosto, a equipe de investigação conseguiu frustrar a venda de um trator por parte do chefe da quadrilha. O veículo seria levado até a fronteira do Estado, para então ser trocado por drogas que seriam vendidas em Tupanciretã. Crimes de estelionato através do chamado ‘golpe do nudes’ também eram uma prática comum do grupo. Passando-se por policial civil, o comandante do grupo exigia dinheiro para que uma suposta investigação por pedofilia fosse extinguida.
A operação também apreendeu cerca de 8kgs de maconha com uma espécie de gerente da quadrilha, que morava em Tupanciretã. Além disso, foram apreendidos 2 carros e 4 motocicletas com indícios de terem sido comprados com dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
O chefe do grupo, mesmo já preso em Santa Maria, será indiciado por organização criminosa, tráfico, roubo, furto, estelionato e extorsão.
O delegado Sandro Meinerz também deu detalhes das atuações da Polícia Civil em Tupanciretã, município com grande índice de prisões na Região Central: “Todo ano realizamos uma grande operação na cidade; sempre focada nos crimes que mais incomodam a comunidade. E o tráfico de drogas nos preocupa muito, pois é a mola propulsora de outros ilícitos. Se tivéssemos menos tráfico, teríamos menos roubo, menos furto.”, explicou.
Também salientou o trabalho do Delegado Adriano e da equipe da Delegacia de Tupanciretã: “É a delegacia fora de Santa Maria que mais efetua prisões anualmente. Tudo muito organizado, o que permite grandes operações. Fatos são sempre elucidados.”, finalizou.