Conforme relato da conselheira Tutelar, J. P, que não terá sua identidade revelada, estava com uma colega, em atendimento, no bairro Marcial Terra, na tarde desta quarta-feira (19), para dar suporte a uma criança de dois anos, após um desentendimento familiar, que envolvia os pais da menor.
J. P, e sua colega, levaram mãe e filha até o Pelotão da Brigada Militar, no Centro da cidade, para que a agredida pudesse encaminhar denúncia e receber as orientações em relação à lesão que havia sofrido.
Chegando ao local, a conselheira teria ficado com a criança na viatura do Conselho Tutelar, e a mãe foi levada até a viatura da Brigada Militar. J.P, e sua colega, tinham a intenção de levar a menor para que um parente próximo pudesse ir buscá-la.
“ - O PM questionou, onde ia com a criança! Respondi que levaria a menor ao Concelho Tutelar,até que finalizasse a ocorrência com a mãe ou localizasse um parente mais próximo. Ele se posicionou na janela do veículo e tirou a criança de mim, dizendo que a criança ficaria com a mãe,” disse a conselheira.
A conselheira revelou que pediu uma declaração do policial, informando o procedimento adotado, pois somente ela teria a competência de assistir a criança. Então, o policial teria respondido que ela ia ver quem mandava. Após, a situação perdeu o controle, a conselheira foi imobilizada, algemada e mantida “presa” em uma sala, por aproximadamente 10 minutos. No local, J.P teria sofrido algumas lesões (foto), e insultos.
Foto enviada pela conselheira.
“ - Pedi para entrar em contato com alguém, nem minha colega pode entrar, fiquei presa lá dentro e só sai depois que expliquei o que tinha acontecido, foi aí que ele se acalmou,” encerrou J.P.
A conselheira efetuou registro na Polícia Civil, relatando o fato e já contratou um advogado para defender seus interesses junto à Justiça.
Posição da Brigada Militar
A Brigada Militar de Cruz Alta, através no 16° BPM, se posicionou em relação ao caso, que será apurado. O comandante da 2° CIA, do qual o Pelotão de Tupanciretã está subordinado prometeu isenção na averiguação do fato.