noticias529 Seja bem vindo ao nosso site |Jornal Manchete Tupanciretã Digital!

Ronda Policial

Homem condenado por estupro de vulnerável é preso

O réu aguardava recurso em liberdade, até ter sua condenação mantida em segunda instância

Publicada em 10/11/18 às 01:33h

Jefferson da Silveira da Silva


Compartilhe
Compartilhar a noticia Homem condenado por estupro de vulnerável é preso  Compartilhar a noticia Homem condenado por estupro de vulnerável é preso  Compartilhar a noticia Homem condenado por estupro de vulnerável é preso

Link da Notícia:

Homem condenado por estupro de vulnerável é preso
A foto está disponível conforme legislação vigente.  (Foto: Redes sociais - Facebook)

Tupanciretã - Foram anos de angústia, que além de busca por justiça, também foram de dor e reconstrução, embora este trauma fique vivo na memória de qualquer pai ou mãe, além dos horrores que as crianças sofrem nas mãos de quem comete crimes desta natureza.


Foto: Agência da Notícia


Esta história chegou à redação do site, através de duas mães, que não serão identificadas para preservação das menores, além do preso, já que a ação penal é sigilosa e ainda cabe recurso, porém, a decisão proferida, não é a única que pesa sobre réu, ele recorria em liberdade de uma segunda condenação, que foi proferida pela comarca de Tupanciretã, em 15 de maio de 2018, onde incorre no mesmo crime.

Condenação mantida

E.M.R, teria praticado o mesmo crime em duas vítimas diferentes, ambas em 2015, meninas de quatro e seis anos na época, que tiveram sua infância manchada pela conduta criminosa, do homem que teria se aproveitado dos vínculos afetivos e familiares para cometer seus crimes.

O primeiro caso ocorreu em 19 de julho de 2015, o então “tio “, vinha se comportando de maneira diferente, até não conseguir mais disfarçar os atos contra a sobrinha de sua esposa, com então seis anos de idade, conforme informações reveladas pela mãe da vítima, o fato gerou uma divisão na família, mas a busca pela justiça foi mais importante.

A revelação da filha, veio em uma viagem curta entre Tupanciretã e Santa Maria que sucedeu um almoço de família, onde o E.M.R e a vítima sumiram por um período, sendo que momentos após foram reencontrados, com ele aparentando comportamento suspeito.

Neste caso ele foi condenado e  recorreu a sentença em liberdade. Porém, uma decisão em segunda instância, expedida no mês passado, manteve a condenação de oitos anos e rebaixou o valor da multa por danos morais de R$ 10 mil para R$ 5 mil.

“O dinheiro não importa, sabe Jefferson, o que me dói é saber que ele esteve solto este tempo todo, passando pela gente na rua, ainda tive que esperar um mês para o cumprimento da decisão dos desembargadores, mas estou aliviada que ele foi preso.” Revelou a mãe.

A Polícia Civil de Tupanciretã, cumpriu o mandado de prisão nesta quinta-feira (08). Não tivemos detalhes dos fatos ligados à ação, nem o presídio para onde o apenado foi conduzido.

Segundo caso

Desta vez, a suposta vítima de E, tinha apenas quatro anos, ele tirou vantagem da aproximação com a família e, conforme a acusação, praticou os crimes reiteradas vezes, até que em novembro de 2015 a farsa do agregado foi descoberta.

A criança começou apresentar sinais de agressividade, o comportamento alterado repentinamente chamou a atenção dos familiares, que logo começaram a desconfiar do amigo próximo, ou “tio” como era chamado pela vítima . Conforme a mãe da menina, a criança contou diferentes detalhes das ações, além é claro, de uma bactéria na genitália da menor, presente apenas em mulheres adultas ou crianças que sofrem abusos, do qual ela teve que ser medicada.

“ Ele tinha confiança de todos lá em casa, tinha livre acesso, era muito amigo do meu pai (avô da menina). Revelou a mãe

Relatos de parentes próximos, que foram buscar satisfação com o acusado, após a revelação dos crimes confirmam a mesma resposta por parte do réu que chorando teria respondido. “Sou um monstro mesmo... não consigo parar."

Neste caso, E, recebeu uma pena de oito anos de reclusão mas poderia recorrer em liberdade, não fosse a decisão que negou apelação e determinou a prisão do mesmo, por prática do crime de abuso de vulnerável, do caso anterior.

Alegação da defesa

Conforme cópia dos autos em posse das mães, em ambos os casos, a defesa nega as acusações, assim como o réu, que se diz inocente, além de outras alegações, como dos exames clínicos que não confirmam a efetivação do ato, nos dois casos.  

Desabafo de uma mãe


A carta abaixo foi escrita pela cunhada do preso. Um desabafo que ela fez a gentileza de ceder à reportagem

Era para ser só mais um dia de almoço em família, mas infelizmente as coisas tomaram um rumo em que eu custei acreditar. Como? Não poderia ser verdade? Ele era da minha família, eu confiava nele, alguém que dizia que tinha a minha princesinha como filha, o tio que era pra proteger junto com sua esposa que também dizia amar sua sobrinha, neste dia desconfiei de algo que mais tarde veio se concretizar com suas próprias palavras. Que nunca mais saiu de minha mente.

 ”EU SOU UM MONSTRO, me perdoa não consigo parar."

Gostaria que nem uma mãe passe por isso, teu mundo desaba você demora pra acreditar que tal monstruosidade seja capaz, sabe aquele filme de terror que você só vê na família dos outros e acha que na tua já mais vai acontecer, pois é aconteceu. Tive que tomar uma atitude por mim por minha filha e por muitas outras que foram vítima deste MONSTRO, você tem dois caminho a seguir se calar ser conivente com uma monstruosidade desta pra não ver sua família desabar é isso que muitos fazem, ou dar sua cara a tapa, pois é dei à cara a tapa quando resolvi fazer o certo denunciar lutar por justiça, vi cada um saindo da minha vida principalmente a minha família, não tive apoio por que é feio o que os outros iram pensar ,abafa deixa quieto ,vai embora da cidade era isso que eu ouvia as opiniões se dividem e ao meio delas você tanque ser forte pra fazer o certo, a dúvida sempre paira. Como, ele é tão bom querido adora crianças, pois a adora criança mas não no sentido de amar cuidar proteger, mas sim de satisfazer seus desejos. Foram 3 anos de luta mas a resposta veio, hoje me sinto com dever cumprido de olhar para minha filha e dizer, “eu fiz algo por você”.”

Abaixo o relato da mãe, da segunda vítima, motivada pela prisão do possível autor dos abusos sofridas por sua filha 

O amigo obscuro

Quando passou pelas nossas cabeças ter que enfrentar um pesadelo causado pelo nosso “melhor amigo”, meus pais o tinham com um filho, tinha nossa total confiança.

Até que minha filha, com então quatro anos, nos revela que tinha sido abusada sexualmente.

Nosso mundo desabou e o meu mundo como mãe, virou um inferno, não podia acreditar que uma pessoa, que tinha todo nosso carinho, ousou violar a pureza da minha filha.

Chorei muito, relutei em denunciá-lo, tinha medo e vergonha, contei para algumas pessoas de confiança, me viraram as costas, me diziam que era mentira, que minha filha estava mentindo.

Me carreguei de forças com a minha família e segui adiante, com a denúncia. Jamais seria conivente com tamanha monstruosidade, olhava para minha filha e a sede de justiça só aumentava.

A caminhada foi dura, também várias vezes a dor no peito era sufocante, mas dolorido ainda quando via as pessoas saindo de nossas vidas, e eu pensava: menos um!

Continuei com os fiéis amigos ao meu lado que hoje, são poucos. Monstro disfarçado de gente do bem, se apresentava como um homem que adorava crianças, até eu descobrir que a forma de adorar é mais podre possível. Pedófilo, ordinário, vai pagar!

Não desistimos da caminhada espinhosa, muitas vezes segui sem esperança, e hoje tive o sentimento mais puro, poder olhar para minha filha e ter orgulho de mim como mãe, pois não fechei os olhos, com vergonha avancei e alcancei a tão sonhada justiça, é o mínimo que minha filha e tantas outras crianças que foram vítimas desse monstro merecem.”

 As vítimas

Atualmente as crianças estão com sete e nove anos, já foram medicadas e curadas das doenças provenientes do ato libidinoso do qual foram vítimas, os exames não confirmaram a conjunção carnal, não descartando o toque ou outros estímulos provocados pelo possível autor. Elas estão com boa saúde, estudam, brincam e seguem suas rotinas diárias, porém, o tratamento psicológico seguirá mais tempo. 


     










Logomarca |Jornal Manchete Tupanciretã Digital
Traduzir para
Traduzir para inglês Traduzir para espanhol Traduzir para português Traduzir para francês Traduzir para alemão
Nosso Whatsapp  (55) 9 9710 9594
Copyright (c) 2024 - |Jornal Manchete Tupanciretã Digital - Edição: Jornal Manchete Digital-Tupanciretã-RS - Rua Cel. Estácio Nacimento e Silva- 468 / Elizabeth. CNPJ: 34.596.876/0001-64 - Diretor, bacharel em jornalismo, Jefferson da Silveira da Silva - Fone (55) 99710 9594.
Olá, seja bem-vindo ao JM Digital.