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Saúde

Violência contra a mulher: além dos atos físicos

O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher. O JMD conversou com a psicóloga Marcella Seixas para explorar os fatores ligados a esse tema

Publicada em 31/08/2024 às 18:46h

Jornalista Jefferson da Silveira


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O mês de agosto termina, mas com ele se encerra um importante período de conscientização sobre a violência contra a mulher, "Agosto Lilás". O JMD conversou com a psicóloga Marcella Seixas para traçar as características da violência. A violência não está apenas ligada a atos físicos. Muitas vezes, o problema está associado a comportamentos sutis que afetam a autoestima da vítima. 

“A violência emocional é aquela velada, que ocorre diariamente. Quando a mulher é humilhada, chamada de gorda ou desvalorizada com frequência, isso a coloca em uma condição de inferioridade, tristeza e, muitas vezes, leva a um quadro depressivo. Muitas vezes, as mulheres são colocadas em situações de incapacidade, a ponto de pensarem em terminar com a própria vida”, explica Marcella. 

Existem sinais que podem ser identificados. Segundo Marcella, o afastamento da mulher de suas atividades rotineiras pode indicar que ela está sofrendo repressão. O agressor, nesses casos, vai afastando gradualmente as pessoas ao redor da vítima ao longo dos anos. 

“Além da violência patrimonial, um motivo muito comum é o afastamento social. A mulher se distancia da família, dos amigos e de qualquer rede de apoio. O agressor, geralmente, tem a tendência de isolar a pessoa, seja para tê-la exclusivamente para si ou para obter alguma vantagem”, revela. 

Os casos recorrentes de violência dentro da família também são significativos. O exemplo familiar e as atitudes de gerações anteriores influenciam o comportamento, mesmo que indiretamente. A mudança de perspectiva e o amor-próprio são essenciais. 

“Por exemplo, se eu vejo meus pais trocando farpas, meu pai batendo na minha mãe ou colocando-a em uma condição de inferioridade, isso pode fazer com que, na infância, eu entenda esse comportamento como algo natural. Mesmo sem transtornos, algumas pessoas repetem esse padrão de comportamento. Um casal deve ser feliz; todos têm problemas, mas o respeito não pode faltar. A mudança de perspectiva e o amor-próprio fazem a diferença”, diz. 

 

 

 

A vitimização do agressor pode confundir a real vítima. Muitas vezes, a realidade dos fatos é distorcida, fazendo com que a pessoa agredida se sinta culpada. 

“Ao agredir, a pessoa muitas vezes se dá conta do que fez e se coloca na condição de vítima. ‘Você me fez fazer isso’, ‘Eu só gritei com você porque você me obrigou’, ‘Eu te traí porque você me deu motivo’. Isso inverte o jogo, e a verdadeira vítima se sente como a vilã da história. Há uma manipulação emocional nisso. A pessoa agredida não quer perder o controle e muitas vítimas chegam ao consultório questionando sua própria condição psicológica”, explica Marcella. 

Marcella também destaca a importância das relações de adolescentes e o papel dos pais e familiares no diálogo e na orientação. Ela aconselha que as pessoas busquem ajuda: “Não é natural sermos infelizes. Não nascemos para sermos infelizes. Um relacionamento deve ser leve e prazeroso. Nunca devemos aceitar ser desrespeitados. Peçam ajuda, não fiquem em sofrimento”.

 

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