- Por que é importante estimular hábitos alimentares saudáveis para as crianças?
É importante para a prevenção e a longevidade saudável. Hoje em dia vemos cada vez mais crianças com doenças comuns para adultos e adultos com doenças que só teriam na terceira idade. O trabalho da nutrição com crianças e adolescentes é a prevenção de problemas futuros.
- De que maneira a alimentação impacta na saúde das crianças a curto, médio e longo prazo?
A curto prazo impacta no desenvolvimento cognitivo, na aprendizagem, concentração e disposição para fazer atividades. A médio prazo é mais a questão do estabelecimento de valores, porque, principalmente os adolescentes estão muito distantes da nutrição, estão comendo muitos alimentos industrializados e promovendo uma vida adulta doente. E a longo prazo é a prevenção.
- Quais são as consequências que a má alimentação pode ter na vida deles?
O impacto é essa epidemia, é a obesidade, são as doenças como diabetes, hipertensão, cardiovasculares. Hoje em dia a realidade é correr para a farmácia, correr para o médico, mas ninguém se atenta a estar bem e entender que são os nutrientes que vão fazer a diferença.
- Qual é o papel da escola nesse momento?
A base deve vir dos pais e a escola deve dar continuidade a essa ideia como um reforço. A escola na parte social é fundamental em relação a educação nutricional, principalmente, na parte da atividade física, que é uma atividade lúdica também.
Como os professores podem trabalhar o tema nas salas de aula?
Eles podem focar, por exemplo, em uma feira de ciências e incluir a alimentação, trabalhar com cores e texturas, a área sensorial da criança, fazer receitas e inclui-la nessa brincadeira, incluir o alimento dentro das disciplinas e falar, por exemplo, da vegetação de determinado lugar.
O professor não precisa ser formado em nutrição, mas ele pode dar uma pincelada e puxar para algum alimento, fazer alguma atividade ou seminário. Eu acho que a escola tem um prato cheio para dividir ideias e ações que pode criar.
- De que forma podemos estimular as crianças?
Eu gosto muito de incentivar as crianças a fazerem horta em casa, plantar, mandar foto, experimentar uma colher, não precisa experimentar um prato cheio. O importante é mastigar, é descobrir sabores e texturas.
Temos que fazer um trabalho com os pais também, eles precisam entender o que é degustar, a paciência e a tolerância de ver a evolução, porque algumas crianças evoluem rápido e outras não, então tem uma série de fatores que analisamos e aplicamos.
A alimentação deve fazer parte do cotidiano para que as crianças não tenham medo dos alimentos in natura, porque elas não têm medo dos industrializados.
Nutricionista Fabíola Baratto,
Pós-graduada em nutrição esportiva; pós-graduada em gestão de pequenas
empresas; certificada em jejum Intermediário; Atuação do nutricionista
nas academias; conduta do nutricionista no manejo de obesidade infantil;
nutrição na concepção, gestação e lactação; nutrição funcional;
suplementação e fitoterapia em estética; prática no atendimento
nutricional em estática e nutrição clínica.