Na manhã de ontem, terça-feira, 26/01, o Jornal Manchete Digital realizou entrevista exclusiva com a Coordenadora do Setor de Imunização Andrea Appel, que deu detalhes a respeito da campanha de vacinação no município, da logística de chegada das vacinas, entre outros assuntos.
A
profissional comentou sobre a quantidade de imunizantes recebidos na
Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Cruz Alta: “Estamos
recebendo as doses fracionadas. Na primeira remessa foram 187 doses de
CoronaVac, e ontem (segunda, dia 25/01) recebemos 150 doses da vacina de
Oxford”, disse.
Dando detalhes da rotina de trabalho,
Andrea falou da alta demanda de estudo e prática necessária para que o
serviço realizado atenda à comunidade de maneira efetiva: “Recebemos
muita informação. Até mais de 100 folhas por dia, para ler e se inteirar
sobre as vacinas”, revelou a profissional da saúde que reforçou o alto
nível de exigência por parte de Coordenadoria Regional. “Estamos, ao
mesmo tempo, trabalhando e organizando os serviços, para podermos dar
conta da demanda”.
A profissional elogiou as instalações
do município para armazenamento das vacinas, inclusive afirmando que
Tupanciretã teria capacidade de ser central de distribuição dos
imunizantes para outras cidades da região: “Em Tupanciretã, temos
geladeiras específicas para a sala de vacinação. Em um segundo momento,
quando houver um maior número de vacinas, Tupã estará apta a ajudar no
armazenamento e distribuição dos imunizantes.”, disse Andrea, informando
também que uma nova geladeira já foi providenciada para o Hospital
Brazilina Terra com esse objetivo.
Andrea também
comentou do procedimento de chegada das vacinas, de Porto Alegre até os
municípios. “Assim que as vacinas chegam à coordenação central, é feito
um levantamento para definir os números que serão distribuídos para cada
região. Nós somos avisados um dia antes, ou até mesmo no dia em que as
vacinas vão chegar ao município”, explicou.
A
especialista falou da diferença entre a vacina da Oxford e a CoronaVac,
mas salientou o mais importante, a eficácia: “São tecnologias
diferentes, mas o importante é que ambas previnem a forma grave da
covid-19” afirmou. A vacina da Pfizer, por outro lado, teria o
complicador de necessitar permanecer armazenada à -70°C.
A coordenadora ainda fez questão de esclarecer algumas dúvidas em relação aos grupos prioritários que recebem as primeiras doses, a fim de evitar desentendimentos e possíveis casos de “furões de fila”. “O escalonamento é feito com todo o suporte da Coordenadoria.
Regional.
Em uma unidade de saúde, há, além dos profissionais da saúde, outros
grupos que também trabalham na unidade e estão expostos ao vírus.
Recepcionistas, seguranças e motoristas, por exemplo, também são
contemplados na primeira leva de imunizantes”, afirmou.
Andrea
finalizou ressaltando a necessidade de se manter atento às medidas de
prevenção e higienização. Uso de máscara, álcool gel e distanciamento
social continuam sendo imprescindíveis no combate à covid-19.
Em Tupanciretã, até o encerramento da entrevista foram aplicadas 79 doses de imunizantes. 70 em profissionais de saúde e 9 em idosos de instituições geriátricas.