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Tupanciretã

Confira as respostas de Gustavo Terra às perguntas do JM Digital na coletiva desta quinta-feira (11)

Dentre os tópicos estão a possibilidade não concretizada da atuação do exército no auxílio ao lockdown e o procedimento adotado na abordagem aos cidadãos que saem às ruas durante o período restritivo

Publicada em 11/03/21 às 19:41h

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Confira as respostas de Gustavo Terra às perguntas do JM Digital na coletiva desta quinta-feira (11)
 (Foto: |Jornal Manchete Tupanciretã Digital)



Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (11), Gustavo Terra, além de esclarecer pontos relativos ao combate ao coronavírus no município, também respondeu perguntas pontuais elaboradas pelo JM Digital. Confira abaixo a íntegra dessa conversa: 


 

JM Digital - Houve muita dúvida dentro da comunidade tupanciretanense em relação à aplicação de multa no caso de desrespeito ao lockdown. Detalhadamente, como funciona o procedimento de identificação dos infratores e a posterior aplicação de multa? 

Gustavo Terra - “Assim que a pessoa for abordada, ela apresentará sua justificativa. Essa justificativa será analisada pelo COE, que avaliará se ela se aplica ou não. No caso de o argumento não ser aceito, será feita a autuação. Ainda assim, o cidadão terá amplo direito de defesa. Porém, dificilmente a determinação do COE será revertida. Aconselho as pessoas a lerem o decreto, e, a partir dessa leitura, avaliarem se podem sair ou não” 

 

 

JM Digital - Havia a previsão de auxílio do exército no cumprimento do lockdown em Tupanciretã, também pela situação de a equipe de fiscalização municipal estar reduzida. Quais foram os pormenores que acabaram impedindo a ajuda das forças militares? 

Gustavo Terra - “Fiquei um tanto triste em relação à recusa do exército no apoio ao lockdown, pois os detalhes já estavam acertados junto ao Comando Militar do Sul e em reuniões que tive com batalhões subordinados ao Comando. A questão é que o exército só pode atuar em situações em que seja necessária a garantia da lei e da ordem, o que não é o caso do lockdown aqui em Tupanciretã.”  

“O objetivo era o apoio logístico do exército, para melhor acomodar os fiscais que atuariam no município. Mas entendo perfeitamente a impossibilidade de atuação e a decisão das Forças Armadas, em relação às quais tenho muito respeito.” 

 

 

JM Digital - Agora, sem a expectativa de apoio do exército, como irá se organizar a equipe de fiscalização para esse próximo lockdown? 

Gustavo Terra - “Mais tarde, tenho uma reunião com os Rotary Club municipais e com as instituições financeiras da cidade, para angariar voluntários que possam reforçar as equipes de fiscalização. Também entrarei em contato com outras organizações para aumentar esse recrutamento de material humano. 

É importante também esclarecer que os voluntários que, por ventura, passarem a compor as equipes de fiscalização, deverão agir segundo o procedimento já utilizado pelas forças atuantes no supervisionamento do lockdown.” 

 

 


 

 

 

JM Digital - Como funcionará a autorização para motoristas de transporte alternativo e de tele-entrega no lockdown deste final de semana? Continuará valendo a autodeclaração simples? Será necessário cadastramento? 

Gustavo Terra - “Continuará havendo a necessidade de declaração por parte das empresas para as quais os motoristas estiverem prestando serviço. A diferença é que neste lockdown haverá também uma fiscalização de documentos desses prestadores de serviço, realizada pela Brigada Militar.” 

 


JM Digital - A diminuição de casos de covid-19 em Tupanciretã deve-se ao lockdown, que teve o efeito desejado, ou também foi por influência do platô da doença, segundo o qual Tupanciretã poderia ter chegado a um nível máximo de contágio? 

Gustavo Terra - “É fato que essa doença se comporta em ondas, em ciclos. Por exemplo, após um pico de contágio, a taxa de disseminação acaba decrescendo. Quero acreditar que o pico de contágio em Tupanciretã tenha sido quando atingimos os 559 casos ativos, pois hoje estamos em declínio.” 

“Acredito que a diminuição dos casos se deve ao lockdown. Não diretamente, mas devido à mudança de comportamento da população. Conseguimos extinguir as aglomerações nos canteiros, em volta dos carros, o que acabou interrompendo nosso pico. Os dados mostram que a queda de casos em Tupanciretã foi pontual e não gradativa (como costuma ser o comportamento do coronavírus no Brasil). Essa pontualidade provavelmente foi estimulada pela adoção do lockdown. 

 

 






JM Digital - Na semana passada foi divulgado um estudo identificando 19 cepas de coronavírus no Rio Grande do Sul. Dentre elas, a ‘variante de Manaus’, detectada em Porto Alegre e Gramado, destaca-se pelo maior índice de contágio. O município de Tupanciretã pretende participar desse estudo para identificação da(s) variedade(s) de coronavírus na Terra da Mãe de Deus? 

Gustavo Terra - “Estamos à disposição para participar do estudo. Até agora não fomos procurados, mas há o interesse. Sou um apoiador da pesquisa e da ciência, sempre tive interesse nessas áreas” 

 

 

JM Digital - Qual a opinião do prefeito a respeito dos resultados do estudo e das variedades de coronavírus existentes no estado? 

Gustavo Terra - “Baseando-me também na minha experiência na área da saúde, dentro da qual já li muito a respeito desse tipo de vírus, eu acredito que a variante de Manaus já está em Tupanciretã. Os 4500 contaminados em Capão da Canoa, lugar onde concentrou pessoas de variadas regiões do estado, devem ter espalhado a ‘variante de Manaus’, que tem maior potencial de contágio, para variadas regiões, inclusive Tupanciretã. Essa é a tendência.” 

 

 


 

 










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