Tupanciretã se despediu de uma das grandes personalidades das últimas décadas, Beti Terra estava internada em Santa Maria e teve sua morte confirmada na madrugada deste sábado, dia 10, disse a assessoria de imprensa da Prefeitura. Este é o 33° óbito pela doença, relacionado ao município. 

• Vacinação contra a gripe seguirá nos próximos sábados deste mês

Elizabet Santos Terra, nasceu em 08 de julho de 1944, na localidade de São João, interior de Júlio de Castilhos, casada, deixa esposo, três filhas, netos, bisneto e genros. 

Pedagoga, foi diretora da Escola Hermínio Beck, quando fundou a famosa Banda de Lata, também teve participação na imprensa local quando escreveu uma coluna para um jornal local.

Com passagens como funcionária e vereadora, na Câmara Municipal de Vereadores de Tupanciretã. Eleita pelo PDT, em 1992, com 701 votos, em 1996, não se reelegeu, ficando com a cadeira de segunda suplente. Também foi primeira-dama do Clube Comercial, entre tantas outras contribuições.

Maiane Terra, uma das três filhas, atendeu a reportagem do JM Digital na noite deste sábado (10), nas palavras, a mensagem de amor e afeto que a gremista e fanática por leitura deixa aos familiares e amigos, conhecidos e o companheiro, Julinho Terra, que perdeu a esposa no dia em que completou 78 anos.

Redes Sociais- Beti aparece ao lado das filhas, Juliana, Maiane e Daiane.

• "Gremista, brigava pelo Grêmio. Acompanhava o pai nas viagens do Gepo - time de futebol Tupanciretã -, quando ele foi presidente. Adorava pescar, defendia as filhas como uma leoa. Adorava veranear em Atlântida Sul (Litoral Norte Gaúcho), na casa de praia que ela vivia arrumando e enfeitando. Adorava Roberto Carlos e não saia de casa sem maquiagem e desarrumada. O cabelo sempre arrumado, ela era perfeita, pessoa mais justa que conheci, mas foi levada pelo Covid", disse a filha. 

Na Administração Municipal, exerceu, por duas vezes, o cargo de secretária de Administração nas gestões no governo Iracema Pirotti (PDT). A ex-prefeita falou sobre a fase de atuação na política.

• "Para mim, falar da Dona Beti, assim como eu a tratava, precisaria de muitas horas de entrevista. Mas resumindo, ela me acompanhou em toda a minha trajetória política. Em 1988, quando assumi uma cadeira pelo PDT na Câmara de Vereadores, ela era nossa secretária Executiva da Câmara. E posso dizer que muito me ajudou nos primeiros passos de política. Em 1992, quando assumi de vice-prefeita, do então prefeito Luiz Adolfo, dona Betti assumiu uma cadeira na Câmara de Vereadores pelo PDT, sendo também líder da bancada. Em 1997, quando assumi de prefeita ela foi meu braço direito, sendo secretária de Administração, e assim sucessivamente, nos meus dois mandatos que tive como prefeita, disse Iracema. 

Além das amizades, admiração e respeito, Beti Terra deixa um legado de autenticidade e respeito, lembra a ex-prefeita. 

• "A dona Beti sempre primou pela honestidade, lealdade e por fazer as coisas certas. Mesmo sendo CC, cargo de confiança, excelente secretária, sempre cumpriu horário, e atendeu com carinho quem a procurava, fosse colega, secretários ou pessoas da comunidade. Ela contribuiu muito com os meus projetos, finalizou.

Beti Terra estava internada em hospital na cidade de Santa Maria, onde realizava tratamento após infecção por Covid-19.O sepultamento ocorreu às 11h, deste sábado, no Cemitério Municipal de Tupanciretã.

Para ouvir ao áudio completo da ex-prefeita Iracema Pirotti, clique abaixo.