O nome da nova escola de Tupanciretã, que substitui a Escola Estadual Tupanciretã, não havia sido divulgado pela administração municipal, mas agora, que passará por aprovação do Poder Legislativo de Tupanciretã, o nome do educandário, que já encerrou o período de inscrições, ganhou publicidade.
O projeto de Lei N° 004/2021, de o origem do Legislativo, sugere o nome do pecuarista tupanciretanense Marcial Terra, que ao lado de Pedro Osório, fundou a primeira charqueada de Tupanciretã.
Conforme o site da Câmara Municipal de Vereadores de Tupanciretã o projeto passará pelo plenário nesta segunda-feira, dia 26, última sessão deste mês. Abaixo, conforme cita o resumo da pauta publicado no site da Casa Legislativa.
Coronel Marcial Terra nasceu em 1889 e faleceu em sua fazenda na cidade Rio Pardo -RS, em abril de 1981. Foi casado duas vezes e teve onze filhos.
Proprietário de terras e pecuarista, foi chefe político do município onde nasceu, ao lado do coronel José Libindo Viana, entre outros. Foi membro do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e participou ativamente da Revolução de 1930, comandando em outubro o movimento liberal da região da serra, no Rio Grande do Sul.
Participou em 1932 da tentativa de criação do exército constitucionalista em seu estado, sendo assessorado por Lindolfo Collor — ministro do Trabalho —, sob as ordens de Raul Pilla e de Antônio Augusto Borges de Medeiros. Essa tropa era formada por quatrocentos homens, entre os quais João Batista Luzardo e Glicério Alves. Marcial Terra comandava a região dos municípios de Santo Ângelo, Santiago do Boqueirão e São Luís. Com Lindolfo Collor e outros, participou da tentativa de sabotagem da linha férrea de Santa Maria e Tupanciretã. Cercado em Santiago do Boqueirão, foi derrotado em setembro de 1932, abrigando-se em seguida na casa de Viriato Vargas, intermediário em várias rendições de chefes rebeldes.
Nas eleições suplementares de janeiro de 1947, Marcial Terra candidatou-se a deputado estadual no Rio Grande do Sul na legenda do Partido Social Democrático (PSD), obtendo uma suplência. No mesmo ano assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa gaúcha, substituindo o titular Oscar Carneiro da Fontoura. Concluiu seu mandato em janeiro de 1951. No pleito de outubro de 1958 obteve uma suplência de deputado federal pelo Rio Grande do Sul na legenda do PSD, chegando a assumir o mandato durante o mês de junho de 1960. Nas eleições de outubro de 1962, candidatou-se mais uma vez à Câmara dos Deputados, obtendo de novo apenas uma suplência. Exerceu o mandato de março de 1963 a fevereiro de 1964 e, com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Voltou a assumir sua cadeira na Câmara de abril a agosto de 1966. Conseguindo novamente uma suplência em novembro desse mesmo ano, onde permaneceu até janeiro de 1967, FGV.