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Tupanciretã

CREAS Municipal destaca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

Em entrevista ao JM Notícias, coordenadora e assistente social conscientizam a população sobre a necessidade de ações contra o abuso de jovens. Dados estatísticos mostram que o problema está presente em todo o RS.

Publicada em 18/05/21 às 18:50h

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CREAS Municipal destaca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes
 (Foto: |Jornal Manchete Tupanciretã Digital)


Na tarde desta terça (18), comemorando o Dia Nacional de Combate à Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, O CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) Municipal realizou ato simbólico instalando réplicas de flores amarelas na rótula da Av. Vaz Ferreira com a Av. Cel. Luís Azevedo.

Para reforçar esta data importante, o JM Notícias apresentou entrevista exclusiva com Carla Chelotti, psicóloga e coordenadora do CREAS Municipal, e Franciele Machado, assistente social do mesmo órgão, que explicaram a importância do dia 18 de maio para as causas em defesa das crianças e dos adolescentes:

  • “A escolha desse dia 18 de maio não é por acaso. Nesse dia, no passado, aconteceu um caso de abuso contra uma criança no estado do Espírito Santo, o que causou grande mobilização e acabou motivando essa data. Desde então, temos evoluído nessa causa, buscando motivar as pessoas para fazer denúncias.”, disse Franciele.

 

As especialistas também destacaram a necessidade da comunidade tupanciretanense em ter conhecimento de que casos de abuso contra jovens também fazem parte da realidade do município:

  • “As estatísticas sobre essa pauta assustam parte da população, mas são dados que fazem parte da nossa realidade, infelizmente. Muitas pessoas acham que essas questões acontecem apenas em cidades distantes, mas isso é um engano. Existem ocorrências desse tipo também em Tupanciretã.”, afirmaram.

 


 


 

 

ESTATÍSTICAS SOBRE ABUSO INFANTO-JUVENIL ASSUSTAM

Dados estatísticos em relação à freqüência desse tipo de crime também foram apresentados à comunidade, ressaltando a seriedade do assunto:

  • “Registros feitos de 2015 a 2020 mostram mais de 15 mil registros de abuso no RS. Desses, 76% se referiam ao abuso contra crianças e adolescentes. Além disso, 82% das vítimas de abuso infanto-juvenil eram meninas, e 51% dessas eram menores de cinco anos de idade. O problema é que a denúncia chega quando o jovem já é adolescente, pois a criança não entendia o que estava acontecendo.”, afirmou Carla.

 

A coordenadora da Creas ressaltou ainda que, muitas vezes, o abuso pode acontecer dentro da própria residência da criança:

  • “Dados mostram que 71% dos casos de violência acontecem dentro de casa. A violência está dentro da nossa realidade e, muitas vezes, a pessoa que está no papel de protetor e cuidador da criança é o próprio abusador.”, informou.

 

 

DENÚNCIAS SÃO INCENTIVADAS

Fazendo um apelo à comunidade, Carla Chelotti pediu que as pessoas denunciem qualquer suspeita relativa ao abuso de criança ou adolescente, para que então possam ser tomadas providências adequadas:

  • “O que observamos é que as pessoas deixam de denunciar por não ter certeza. Mas avisamos que, mesmo que haja suspeita, é importante que a denúncia seja feita. O órgão responsável tomará as atitudes junto ao núcleo familiar.”, disse.


 

O telefone para realização de denúncias é o seguinte: 9 8437-0445

 




A assistente Franciele também destacou a necessidade de apresentar o maior número de dados possíveis na hora da denúncia:

  • “Muitas vezes, a pessoa que quer fazer a denúncia não quer se identificar. Nós entendemos essa situação, mas a denúncia em si tem de ser feita com dados, pois os técnicos precisam saber onde a pessoa suspeita mora, onde procurar por indícios e provas. É importante que a pessoa que suspeite de algo entre em contato com os órgãos públicos munida da maior quantidade de informações possível, para que possamos fazer um planejamento antes de realizar o atendimento.”, afirmou.

 

 

ABUSOS DURANTE A PANDEMIA

A condição da pandemia, onde as pessoas acabam passando um tempo maior dentro de casa, também foi levada em consideração quando da análise dos casos de abuso infantil e juvenil nos últimos anos:

  • “Nos dois últimos anos, houve queda nos registros de denúncia. Situação que acontece devido à pandemia, pois as crianças estão afastadas presencialmente da rede escolar. A escola é um local seguro, onde os jovens relatam situações de violência e até mesmo abuso. Por isso a importância de falar sobre esse tema nesse momento onde as crianças estão passando mais tempo em casa.”, destacou a psicóloga Carla.

  


SITUAÇÕES QUE PODEM INDICAR ABUSO

As profissionais também descreveram situações que podem ser indicativos de que a criança ou o adolescente esteja sofrendo abuso:

  • “Quando crianças e adolescentes estão passando por situação de abuso, existem indicativos que podem ser observados: crianças que ficam agressivas ou irritadas com muita freqüência, machucados que começam a ser escondidos, casos de automutilação, crianças muito tristes ou quietas, sono agitado ou dificuldade para dormir, dificuldade de concentração. Todas essas condições podem indicar casos de abuso, mas é necessária a análise caso a caso.”, informaram as especialistas.

 



 










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