A situação de furtos frequentes, em residências e no comércio, tem deixado a comunidade tupanciretanense preocupada e revoltada. A sensação de insegurança é atrelada também a uma percepção de que os furtos são mais constantes em certas épocas do que outras, e de que os meliantes acabam não sendo tirados de circulação de modo efetivo.
Com base nessas demandas da comunidade, o JM Digital realizou entrevista com o tenente Eleno, comandante da BM em Tupanciretã. O policial revelou à comunidade quais situações acabam motivando a incidência do crime de furto no município:
- “O furto, tanto de residências como de estabelecimentos comerciais, vem nos causando desconforto. A maioria das pessoas já entende que isso é um círculo vicioso. O delinquente fica um tempo encarcerado e, por não se tratar de delito com ameaça, acaba retornando às ruas. Ou seja, vamos sempre experimentar períodos de calmaria e outros mais problemáticos, como o que encontramos agora”, explicou.
Eleno também elencou atitudes que a comunidade pode tomar para dificultar a ação dos delinquentes:
- “Sabemos que o investimento em segurança não é um custo baixo, mas existem ações que dificultam a ação dos delinquentes. Por exemplo, não deixar nada de valor à vista de quem passa na rua; em caso de viagem, deve-se deixar alguém cuidando da casa.”
Mesmo com um número de policiais abaixo do ideal, o tenente ressaltou que a BM de Tupanciretã vem atuando buscando coibir a prática dos furtos, recebendo também auxílio de outros batalhões:
- “Infelizmente, não temos um efetivo ideal. Temos uma escassez de recursos humanos. Mesmo com essa redução, a partir do momento em que os índices de furto começaram a aumentar, prontamente fiz contato com o comando do batalhão, que já vem nos atendendo. Na quinta (1º), na sexta (2) e no sábado (3), tivemos reforço da força tática durante o período crítico dos furtos e arrombamentos na cidade: a madrugada. Com o policiamento ostensivo, buscamos coibir esse tipo de delito”.
Eleno então ressaltou que o investimento em segurança está também atrelado à quantidade de ocorrências registradas na localidade, situação que explica a importância de se realizar o registro da ocorrência, seja qual for o delito:
- “Quero ressaltar a necessidade de registrar a ocorrência, pois trabalhamos em cima de estatísticas. Não há como argumentarmos para instâncias superiores que precisamos de reforço policial se, dentro do sistema, não apresentar um índice grande de ocorrências na cidade. Peço que sempre façam esse registro”, disse o comandante da BM Tupanciretã.
Em seguida, o tenente listou os números através dos quais a comunidade pode contatar a Brigada, e o que fazer caso os telefonemas não sejam atendidos:
- “Temos um telefone que fica 24 horas dentro da viatura. No caso de a pessoa ligar para o 190 ou para o 3272- 1844 e não for atendida, é sinal que a guarnição está em atendimento ou patrulhamento. Nesse caso, a ligação deve ser feita para o número 9 9919 1949, que é um telefone móvel que sempre está dentro da viatura", disse, ressaltando que esse número do telefone móvel não recebe mensagens de WhatsApp.
Eleno também chamou a atenção para o fato de que, mesmo inadvertidamente, a própria comunidade pode incentivar os furtos de maneira indireta, quando compra algum produto sem certeza da procedência:
- “A situação de furto é complexa. Como há uma demanda grande de objetos furtados, temos de pensar no lugar onde esses objetos estão parando. Se não houvesse um comércio, essa atividade de furto não seria explorada pelos delinquentes. Às vezes, a própria população que está sendo vítima, é a mesma que compra o objeto do furto”