Na manhã desta sexta-feira (3), o prefeito Gustavo Terra conversou com o JM Digital para comentar sobre assuntos relevantes para a comunidade da Terra da Mãe de Deus. A situação dos casos de covid-19 ativos no município, que chegou no patamar mais baixo dos últimos doze meses, foi o assunto que abriu a entrevista com o gestor municipal:
- “Três palavras resumem a situação: sobrevivência, gratidão e felicidade. Sobrevivência porque, de maneira geral, sobrevivemos a uma guerra biológica. O vírus é covarde, acometendo as pessoas nas suas debilitações. Algo que comprometeu a saúde no planeta. Gratidão, principalmente a todas as pessoas que estiveram envolvidas diretamente durante esse mais de um ano e meio de pandemia. A equipe de saúde, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, fiscais, defesa civil, bombeiros, guarda municipal, administração municipal. Todas as pessoas que, de alguma maneira, estiveram atuantes na solução dos problemas. E felicidade pela situação atual. Estamos com três casos. Nos próximos dias não zeraremos os casos, mas a tendência é que continuaremos a eliminar a doença. Fica sempre a recomendação para as pessoas que viajam para fora do município: fiquem atentos, pois podem trazer novidades, como a variante Delta. Com a chamada imunidade cruzada, a variante Delta deve ser contida mais rapidamente, pois ela é mais sensível”, comentou.
Os dados de vacinação que constam nos marcadores no governo do estado, e a situação de Tupanciretã ingressando na região de saúde de Santa Maria também foram tratados:
- “Eu desisti de confiar nesses índices, pois são controversos: há uma disparidade de dados. Nossa equipe de vacinação faz um trabalho impecável. Foi tudo muito controlado, não há relatos de qualquer tipo de erro. Acredito que nossos números reais são bem mais favoráveis do que o indicado. Tupanciretã sempre esteve adiantada em relação a grande maioria dos municípios. Porém, não atingimos o 100% de vacinação em determinadas faixas etárias. Quero que as pessoas se comprometam em ir tomar as duas doses. Só assim teremos uma imunidade coletiva, e o vírus não poderá se replicar em nosso município. Quanto à realocação para a Coordenadoria de Santa Maria, existem muitas negociações que vão sendo feitas gradativamente. Na prática, já estamos na quarta região”, disse, comentando como a faixa etária vacinada em Tupanciretã é mais ampla do que a de Júlio de Castilhos, que ganhou o Prêmio Te Vacina RS.
A possibilidade de um “passaporte de vacinação”, que permitiria que só pessoas vacinadas entrassem em determinados estabelecimentos, e outras medidas de promoção da vacinação também foram pautas da conversa:
- “Pensei em dar incentivo às pessoas que fizeram as duas vacinas, como parcelamento do IPTU, ou desconto no comércio, por exemplo. Tenho ideias em relação a permitir a entrada no comércio somente para pessoas vacinadas. Porém, acho um absurdo as pessoas terem de receber um benefício para tomar uma decisão em favor delas. As pessoas têm de saber que ao se vacinarem estão ajudando seus filhos, pais e amigos. Está sendo estudado algo restritivo às pessoas que não estão fazendo as duas doses”.
O prefeito ainda comentou a decisão do governo estadual em liberar parcialmente (40%) o público de eventos esportivos, ressaltando como é necessário levar em consideração outros fatores como o comportamento da comunidade e a capacidade de fiscalização das novas deliberações:
- “Creio que os poderes públicos estariam criando um problema para si mesmos. Primeiro, pela questão em definir o número de 40%. Segundo, quem irá fiscalizar? Estamos criando mais obrigações para uma equipe que já é limitada. Nossos fiscais têm outras atribuições, e acabam sendo desviados para isso. Nossos recursos humanos são limitados. Existe um exemplo em Minas Gerais, onde foi liberado 40%, e o estádio lotou. Nós, enquanto prefeitos, poderemos restringir o número. Mas acaba sendo um desgaste desnecessário. Minha opinião é de que já podemos colocar público nos eventos, pois temos 3 casos ativos. Isolando esses casos e as pessoas com quem conviveram, o problema está resolvido. Porém, às vezes, essas pessoas saem às escondidas. Também há pessoas sintomáticas que vêm de outros municípios. Uma parcela da comunidade, por não ter responsabilidade e comprometimento, acaba forçando os gestores a tomarem atitudes que acabam atingindo todo o restante”, disse, ressaltando como o método de fiscalização no município tem trabalhado com o foco nas denúncias feitas pelos moradores, que vêm sendo apresentadas de maneiras mais concretas, com fotos e vídeos.
Foram listadas pelo prefeito as melhorias que vem sendo trazidas, tanto dentro da cidade como na zona rural, no tocante à infraestrutura de vias:
- “Nunca prometi nada, mas avisei que coisas iriam começar a acontecer. Gastamos muita energia com a pandemia, mas as coisas então andando. Ontem, fui fiscalizar as estradas, e me emocionei. Como produtor rural, sei das dificuldades no escoamento de grãos. Sobre a Avenida Bortolo Fogliato, tenho ido todas as tardes ver o trabalho brilhante da equipe mudando os meios-fios. Começaremos em setembro o asfaltamento da Estrada Tupã/Santa Tecla. Desarquivamos o processo, e agora estamos em via de iniciar as obras. Utilizei bastante de lobby político, atuando junto a deputados na Assembleia. Estamos adiantados na licitação para placas de trânsito”, disse, também listando licitações para reforma do prédio histórico ao lado da prefeitura, para construção de pavilhão em escola e de sedes para associações de bairro.
Destacando o melhoramento do setor, o prefeito comentou como a frota de Tupanciretã nunca contou com tantos veículos:
- “O ex-prefeito Guga teve a dificuldade de melhorar o parque de máquinas, que estava sucateado. Além disso, a prefeitura estava sem crédito. Hoje, temos seis patrolas. É questão de honra colocar todas elas em funcionamento, e mais as três lâminas. Em breve, teremos em Tupanciretã nove equipamentos para manutenção de estradas. Jamais, na história do município, tivemos esse número de veículos. Não é promessa, é fato”.
SEMANA DA PÁTRIA E SITUAÇÃO POLÍTICA
A Abertura da Semana da Pátria é, por si só, um momento de reflexão a respeito do país. Aproveitando as datas cívicas, Gustavo Terra comentou sobre a situação atual do Brasil, pedindo espírito patriótico à comunidade e consciência para termos o país que queremos:
- “Há a necessidade de usar esse momento (Semana da Pátria) para refletirmos sobre o momento do nosso país. Muitas pessoas acabam sendo mais ideológicas e menos patriotas. Ouvi determinado elemento dizer que irá controlar a imprensa, e isso é inadmissível. Temos que fortalecer o patriotismo em cada um de nós. Pensar sobre qual é o país que queremos para os nossos filhos", disse, destacando também as festividades da Semana Farroupilha, que também promovem o espírito de comunidade entre o povo gaúcho.