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Tupanciretã

Especial Tupanciretã, 93 anos; O progresso através dos trilhos

No final da década de 1920, Tupaceretan já contava com diversas casas de comércio. A estação era não só ponto de parada estratégica para as cargas como também local de negócios. A emancipação era questão de tempo

Publicada em 21/12/2021 às 18:12h

Leonardo Pinto dos Reis - Estudante de Letras


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Especial Tupanciretã, 93 anos; O progresso através dos trilhos
 (Foto: JM Digital)

Por entre os planaltos do centro-oeste gaúcho se localiza Tupan-ci-retan, fazenda de propriedade de Antônio José Silveira. Estamos em 1893, e as terras que hoje abrigam a todos nós, tupanciretanenses (nascidos aqui ou não) são formadas de lavouras e pastagens de criação de gado que não chegam a ocupar a maioria da propriedade. Os campos ainda virgens se estendem a perder de vista. A Terra da Mãe de Deus aguardava pelo futuro. 

 

E o futuro vinha de trem. Após o final da Revolução Federalista, em 1895, os tempos de paz permitiram o desenvolvimento de outros pontos do território gaúcho. E os vastos campos da Tupan-ci-retan receberam trilhos e uma estação, que deveria intermediar o comércio da região. Não demorou para que famílias começassem a se instalar nas redondezas da edificação. Certamente, entre eles, haviam bisavôs e tataravôs dos tupanciretanenses dos dias de hoje. 

 

No final da década de 1920, Tupaceretan (assim era a grafia na época) já contava com diversas casas de comércio, banco, igreja e uma vida social agitada. O movimento de famílias do interior para a aglomeração urbana seguia constante. Os trens traziam produtos e também serviam de meio de transporte. A estação era não só ponto de parada estratégica para as cargas como também ponto de comércio. A emancipação era questão de tempo. O povoado pulsava com a mesma energia de uma locomotiva. 

 

 

 

 

Quando se tornou uma cidade, em 21 de dezembro de 1928, Tupanciretã (convertida para a grafia atual) contava com cerca de 8000 habitantes, nos conta Manoelito de Ornellas. Hoje, a cidade tem mais de 10000 homens e mais de 11000 mulheres, em uma população que soma 24.182 pessoas. A população triplicou, a cidade cresceu e se espalhou pelos antigos campos de Antônio Silveira, mas se manteve abraçada aos trilhos do trem. Mais de 19000 pessoas moram na cidade, enquanto cerca de 5000 habitam a zona rural.  

 

A expectativa de vida é de 74,7 anos. E praticamente não há crianças fora da escola. 97,9% das pessoas entre seis e 14 anos são escolarizadas. No Ensino Fundamental, o índice de aprovação é de 88,5%. No Ensino Médio, 75,6%. A maior porção de nossa população se encontra entre os 10 e os 24 anos: aqueles que farão a Tupanciretã do futuro.

 

Hoje, é através das rodovias que chegamos até a nossa querida Tupanciretã. Mas viajando pelas coxilhas de nossa região, ao avistarmos as torres de telefonia e do Frigorífico, é o barulho do trem atravessando a cidade que nos faz ter certeza de que estamos em casa. Feliz Aniversário, Tupanciretã! 

 

*dados atuais retirados do SEBRAE e IBGE

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