O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil é marcado por uma tragédia que aconteceu no ano 1973, desde então a data serve para conscientizar os responsáveis que muitas vezes, por medo ou vergonha, deixam de denunciar os crimes em sua maioria cometidos por pessoas próximas às vítimas.
O Creas, ligado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação desenvolve atividades voltadas à conscientização para o tema. No mês de abril percorreu as EMEI’s para passar informações e reforçar os cuidados, principalmente na identificação dos abusos.
A psicóloga Carla Chelotti, coordenadora do setor ressalta sobre a data, que mesmo diante de uma tragédia ocorrida em 1973, é fundamental para que as pessoas gravem a importância do tema.
A violência não está atrelada apenas às grandes cidades, e Tupanciretã mesmo que uma cidade de porte pequeno também há registros desses crimes.
Dados repassados pela coordenadora, apontam que, entre 2015 e 2020, Rio Grande do Sul foram 15 mil casos notificados de violência sexual contra crianças e adolescentes. Já em Tupanciretã, desde de 2019 até o mês de maio destes anos, 25 casos desta natureza foram notificados, mas número pode ser maior.
Carla lembra outro tema que foi destacada, trata de adultos que se relacionam com menores de 14 anos, nesses casos, que também têm relevância com o tema, pois caracteriza o crime de estrupo de vulnerável, pois o adolescente não tem a capacidade de discernir sobre essa escolha, inclusive o fato é tipificado como crime no Código Penal, podendo gerar punição para o autor e responsáveis.
O medo e o receio à exposição ainda estão entre as principais barreiras para que as famílias busquem redes de apoio de proteção e dos serviços na rede municipal para terem acesso à orientação e ao atendimento à vítima e a família. A assistente social, Franciele Machado ressalta que a violência não somente o abuso, e lembra que ao tirar foto de uma criança, ou somente tocá-la também caracteriza o crime.
A profissional destacou que muitas das explorações começam por troca de mensagens por meio eletrônico, principalmente, o celular.
Não há condição financeira associada aos casos, famílias vulneráveis ou de poder aquisitivo maior estão sujeitas a enfrentar os casos de abusos. Franciele reforça que existe um protocolo de sigilo nos atendimentos respeitado pelos profissionais.
A assistente social alerta aos pais e responsável sobre características que as vítimas passam a apresentar. Com isso é possível ficar atento aos detalhes, informações que crianças e adolescentes estão transmitindo. Mas o mais importante é que os profissionais adequados atuem para elucidar e comprovar os crimes.
TODOS CONTRA A DENGUE