Na manhã desta quarta-feira (24), o programa Redação em Resumo conversou com o agente censitário Pedro Campos, responsável pela equipe de 15 recenseadores que atuam no Censo do IBGE em Tupanciretã.
O agente censitário relatou dificuldades em relação à desconfiança da população quando o recenseador do IBGE bate à sua porta:
- “Todos os recenseadores usam colete do IBGE e crachá com foto, mas maior dificuldade é a desconfiança que algumas pessoas sentem, com medo de se tratar de algum golpe. Ao final do questionário, pedimos o CPF. E muitas pessoas já ouviram falar de golpes envolvendo esse documento. Isso dificulta muito, pois todo cidadão deve responder ao Censo”, disse Pedro Campos, destacando que tal condição prejudica não só o Censo como o recenseador, que precisa concluir suas tarefas na área determinada para poder receber seu pagamento.
*Vale lembrar que as informações coletadas pelo Censo tem o objetivo de melhor definir a condição de vida e as características de todos os brasileiros. Essas informações, então, são consideradas no desenvolvimento de políticas públicas e de investimentos da iniciativa privada.
Em seguida, Pedro Campos explicou os tipos de questionário que são aplicados:
- “Temos dois tipos de questionários do IBGE. A maioria responde ao Questionário Básico, mas há também o Questionário de Amostra. A cada 10 domicílios, 9 responderão ao questionário básico”, disse, destacando que a escolha dos questionários é aleatória.
Responder ao Questionário Básico é um processo mais rápido:
- “Dura, no máximo, em torno de sete minutos. Esse questionário trata de questões mais gerais: cor ou raça da pessoa, sexo, nome completo, questões de renda. No final, ele também pede dados de contato, onde estão incluídos e-mail, CPF e telefone”.
Já o Questionário de Amostra demanda um pouco mais de tempo:
- “O Questionário de Amostra pode levar mais tempo para ser respondido, em torno de 15 ou 20 minutos, dependendo do número de moradores de cada residência, pois ele pede informações de cada morador. Nele, estão presentes algumas perguntas sobre migração (para quem morava fora da cidade), deslocamento para trabalho ou estudo, religião, condições como autismo, entre outros pontos”.
A princípio, a coleta de dados deve durar três meses, mas questões de logística e pessoal podem estender as atividades:
- “O Censo iniciou em 1º de agosto, em todo o Brasil. A previsão é que recenseamento siga por três meses, até dezembro. Mas um prolongamento do trabalho pode acontecer, pois precisamos de pessoas para trabalhar no interior. O território do município é bastante extenso e há apenas uma pessoa atuando na zona rural”.
Ao final da entrevista, Pedro Campos destacou que a equipe que trabalha no Censo está aberta para esclarecimentos:
- “Qualquer dúvida, estamos no Posto de Coleta do IBGE, que fica ao lado da Prefeitura, para esclarecer todas as questões".
TODOS CONTRA A DENGUE