Há 200 anos, em 7 de setembro de 1822, o Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I, proclamava o então Reino do Brasil independente de Portugal. Às margens do Riacho Ipiranga, o Brasil se transformava em um país autônomo, que não estava mais subordinado a nenhum outro território.
Nesses 200 anos, muitos acontecimentos marcantes definiram e contaram a história do Brasil. O Jornal Manchete Digital convida a todos para lerem a respeito de como era o Brasil nas vésperas de se tornar um país.
Em seguida, vamos retornar a Tupanciretã de 1922, e relembrar como foi comemorado o Centenário de Independência na Terra da Mãe de Deus. Tenham todos uma boa viagem pela história do Brasil.
COMO OCORREU A INDEPENDÊNCIA?
As situações que levaram à separação entre Portugal e Brasil têm muito a ver com a chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1807. As forças de Napoleão, que já controlavam boa parte da Europa, invadiram Portugal, forçando a corte de Dom João VI a fugir para o Brasil.
Chegando aqui, mudanças aconteceram. E muitas delas foram importantes para o desenvolvimento do Brasil. Além da abertura dos portos brasileiros para comércio com outros países do mundo, estimulando a economia, também foram construídos teatros, faculdades e bibliotecas, aumentando o nível intelectual do país. Por outro lado, a presença da corte também implicava em maior cobrança de impostos, para garantir o estilo de vida dos monarcas portugueses.
Em 1815, o Brasil deixa de ser colônia e passa a fazer parte do Reino de Portugal. De acordo com historiadores, essa medida, que elevava o status do território brasileiro, era, na verdade, uma tentativa de enfraquecer possíveis ideias separatistas por parte dos brasileiros.
Porém, a corte portuguesa não contava com uma revolução em solo português que, em 1820, clamava pela volta de Dom João para o território de Portugal e pedia a volta do monopólio comercial entre Portugal e Brasil, o que significava o fechamento dos portos e a volta da estagnação econômica do território brasileiro.
Então, a corte de Portugal retorna para a Europa, deixando Dom Pedro I como Príncipe Regente do Brasil. Não satisfeitos, os revolucionários portugueses pediam que também o Príncipe retornasse para Portugal, e assim foi ordenado pela corte portuguesa. Essa ordem, porém, não foi bem recebida no Brasil, e acabou inflamando movimentos a favor da independência.
DIA DO FICO
Apesar da ordem para retorno a Portugal, em 9 de janeiro de 1822 Dom Pedro declarou que permaneceria no Brasil: episódio que ficou conhecido como Dia do Fico.
Essa decisão serviu como combustível para que a independência fosse viável. O estopim foram cartas que chegaram de Portugal, acusando o conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio, de traição. Assim, em sessão extraordinária no dia 2 de setembro, convoca pela esposa do príncipe regente, Maria Leopoldina, foi decidida a Independência do Brasil.
GRITO DA INDEPENDÊNCIA
Então, em 7 de setembro, Dom Pedro, que estava a caminho de São Paulo, recebe a Declaração de Independência e, às margens do Riacho Ipiranga, grita “Independência ou Morte!”. O Brasil se torna um país, pai de todos nós, brasileiros.
O CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA EM TUPANCIRETÃ
Em 1922, a Terra da Mãe de Deus ainda não era um município autônomo, mas o espírito patriótico já era valorizado na então Vila de Tupaceretan. Para comemorar os 100 anos da Independência, as lideranças da cidade e a Associação Comercial construíram um arco na Rua do Comércio (atual Vaz Ferreira).
Nessa época, cerca de 650 pessoas moravam na área urbana de Tupaceretan e fizeram parte dessa história. Agora, em 2022, é o momento de todos os mais de 22 mil habitantes de Tupanciretã serem personagens históricos, celebrando o amor pelo Brasil através da comemoração do Bicentenário de Independência. Que venham mais 200 anos de Brasil!
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