O convidado do Darlan Fagundes Podcast desta semana foi o violonista tupanciretanense Regis Reis. O músico, que leva o nome da Terra da Mãe de Deus aos festivais nativistas em que participa no Rio Grande do Sul e em outros estados, deu detalhes de seus primeiros contatos com os instrumentos musicais e de toda a sua carreira artística.
No início da conversa, Regis lembrou da infância e de como conheceu a música:
- “Meu pai era lavador de carro, natural do Espinilho Grande, e minha mãe trabalhava na Casa de Saúde onde hoje fica o Hotel Cassino. A origem da música, para mim, chegou pelo lado dos dois: do meu lado paterno, todos tocavam violão; e meu avô materno tocava gaita. Então, eu e meus irmãos nos criamos ouvindo muita música”.
A figura dos irmãos Arizoli e Evandro são bastante presentes na vida de Regis, pois foi a partir deles que o músico deu seus primeiros acordes:
- “O primeiro instrumento que chegou lá em casa foi um violão comprado pelo meu irmão Arizoli, e aí fui aprendendo. Com sete para oito anos, eu já tocava os primeiros acordes. Meu irmão Evandro me levava nos clubes e me erguia no meio do público, para eu enxergar os acordes que o músico estava tocando e ver se era igual aos que a gente tocava”, disse, relembrando que a primeira música que aprendeu a tocar foi O Gosto de Tudo, de Roberto Carlos.
Regis Reis também destacou o papel da escola e das aulas de música em sua formação:
- “A educação é a base de tudo, e bastante parte do incentivo da música veio das escolas. Estudei na Escola Divina Mestre com uma bolsa, e lá eu tinha aulas de música. Em 1982, tive a felicidade de tirar segundo lugar no Festival de Música Estudantil da cidade”.
O músico ainda revelou detalhes de uma reunião na Agropan que culminou nas primeiras conversas sobre a realização de um festival de música nativista na Terra da Mãe de Deus:
- “Aos 15 anos, fui trabalhar na Agropan, sendo que já participava de festivais estudantis. Um dia, depois de um curso realizado na cooperativa e ministrado pelo Humberto Gabbi Zanatta, compositor da música Tropa de Osso, aconteceu uma janta. Nesse jantar, fui convidado para tocar violão. E aí o Zanatta perguntou por que não era realizado um festival aqui em Tupanciretã? E foi daí que surgiu a Semeadura. Sendo que foi também a partir dessa reunião que eu comecei a participar de festivais nativistas”.
Essa conversa também motivou Regis a participar de festivais. E o seu talento foi logo reconhecido e recompensado:
- “No terceiro festival que participei, ganhei o prêmio de Melhor Instrumentista. E, a partir daí, vi que esse era o caminho que eu deveria seguir”.
- “Surgiu a ideia de gravar poemas de Rômulo Chaves com dois violões, meu e do Zulmar Benitez. Em uma das músicas, eu fiz um solo. Essa minha performance acabou chamando a atenção dos jurados, e eu fui aclamador com o Prêmio Açorianos”.
O músico também citou parceiros importantes na vida de músico (Zulmar Benitez, Nilton Ferreira, Jean Kirchoff, Analise Severo, Desidério Souza, João Chagas Leite) e mostrou como a música e componente inseparável de sua rotina:
- “Lá em casa, em cada peça tem um violão. Não consigo ficar um dia sem tocar violão”, revelou.
TODOS CONTRA A DENGUE