Após séculos de ocupação indígena, o início do que viria a ser a cidade de Tupanciretã está relacionado à fundação das Missões Jesuíticas no final dos anos 1600.
Nessa época, uma fazenda jesuítica foi fundada na região chamada Coxilha Grande, que hoje faz parte do município de Tupanciretã.
Nos anos 1800, após o fim do projeto das Missões, a edificação acaba sendo usada como paradeiro para viajantes.
Décadas depois, com as terras já pertencendo ao governo federal da época, Alexandre Jacinto da Silva e João Nunes da Silva, que ocupavam a região, conseguem legalmente a propriedade das terras.
Seus herdeiros acabam por vender lotes de terra na região, até que, por volta de 1835, chega à região o casal Albino e Ana Silveira. Seu filho, Antônio José Silveira, ficaria na história como o fundador do povoado que dará origem a Tupanciretã.
O fluxo de famílias para a região possibilita o desenvolvimento do local. A Guerra do Paraguai, disputada entre 1864 e 1870, também agiu para o crescimento do povoado. Antônio Silveira, ajudando os gaúchos que participaram na batalha, ofereceu terras da região para aqueles que quisessem recomeçar sua vida.
Em 1897, é instalada a Pedra Fundamental que dará origem à Igreja Matriz de Tupanciretã. Dando bênçãos ao povoado que, pouco mais de 30 anos depois, alcançaria a emancipação.
Desenvolvendo-se com base na agropecuária e em volta das linhas do trem, a importância do charque, e depois da soja, para a economia da cidade é conhecida pela comunidade.
Porém, o que pouca gente deve saber, é que a primeira praça da cidade foi construída em uma região um tanto distante da linha férrea e da via principal da cidade, a Avenida Vaz Ferreira.
Localizada nos fundos do Ginásio Bonumazão, a Praça Frei Galvão foi a primeira área natural da cidade a ser adaptada para o convívio da comunidade.
Quem se refresca à sombra das árvores do local, está envolto em quase 100 anos de história, aproveitando um espaço de lazer que os primeiros tupanciretanenses também utilizaram.
Que o passado nobre da Terra da Mãe de Deus seja respeitado e lembrado a cada dia, e que a nossa Capital Gaúcha da Soja tenha uma vida longa para comemorar ainda muitos aniversários!
Parabéns, Tupanciretã, pelos seus 94 anos!