Neste sábado, dia 27, será realizado, na Casa de Cultura José Mariano de Freitas Beck, o 9º Casamento Coletivo de Tupanciretã. Na edição deste ano, 15 casais estão habilitados para selarem a união. Na tarde desta sexta-feira, dia 26, o JM Digital conversou com a oficiala do Cartório de Registro Civil de Tupanciretã, Margot Virginia Silveira de Souza, sobre a importância da formalização da união para os casais.
O site foi ao Cartório de Registro Civil de Tupanciretã, para elaboração da entrevista. Através de um bate-papo descontraído, Margot revelou a importância do ato jurídico, e, também, citou algumas particularidades que tornam a cerimônia inesquecível e marcada por momentos alegres.
- Eu acho muito importante nós falarmos sobre o casamento coletivo, porque ele é, o que diz o título: é uma oportunidade coletiva para todas aquelas pessoas que não podem investir no seu matrimônio de imediato, formalizarem a sua união. Isso vai mudar muita coisa na vida delas. Sobre o aspecto jurídico, sobre o aspecto afetivo. Eu comentava agora há pouco que é uma aspiração nossa, interna, de muitas vezes, tendo entre os documentos, uma certidão de casamento. Não significa que a gente vai ser proprietário de alguma coisa como em outras escrituras, mas nesse momento eu estou formalizando um sentimento de longa data, ou estou formalizando um sentimento, uma relação, que começou há pouco tempo, mas já é suficiente para formar uma família. E família é a primeira célula de organização dentro de uma visão maior-, disse Margot.
A Prefeitura de Tupanciretã, através da Secretaria de Educação, Esporte, Cultura, Lazer e Turismo, conta com parcerias para realizar o evento, desde o Registro Civil, para a emissão da Certidão de Casamento, salões de beleza entre outros profissionais que auxiliam gratuitamente.
- É importante ressaltar, nós temos no sistema registral no Brasil a possibilidade de realizarmos atos gratuitos entre as pessoas, eventualmente, ressarcíveis por um fundo que os cartórios possuem. No caso do casamento coletivo não, ele é um ato não ressarcível, por disposição do cartório. Então as pessoas ingressam no cartório com os documentos, e, a partir desses documentos elas vão fazer o que nós chamamos de habilitação para o casamento: é um período de proclamas em que a sociedade vai saber que aquelas duas pessoas têm a intenção de se unir juridicamente em um matrimônio. Passado o prazo a pessoa vai para um ato solene que é a cerimônia de casamento em si, e naquele momento elas têm formalizada a união. O valor imensurável do ponto de vista jurídico, patrimonial, institucional familiar, isso é direito de família. O casamento é quando eu firmo aquele compromisso matrimonial -, explica.
Margot lembra das últimas etapas da cerimônia pública, que neste ato habilita 15 casais da comunidade. Dentre os quais, um casal de idosos com 70 anos prova que o amor não tem idade.
- O primeiro casamento coletivo foi assim, bastante tímido, tinha poucas pessoas, o segundo já começou a aumentar, e depois a visão do próprio casamento como é, foi diminuindo, mas nós continuamos na média de 15 casais. E tem algumas peculiaridades. A cerimônia civil é pública, portanto, qualquer pessoa pode se juntar na Casa de Cultura, amanhã, para assistir. A gente vê aquela expectativa das pessoas, o olhar daquelas pessoas, um que outro transpirando de nervosismo, e, enfim, no âmago de tudo isso, a gente vê a questão afetiva. No ano passado a esposa que pegou o esposo no colo. Este ano a gente tem também o casal, podemos dizer de idosos, não importa o tempo, não importa, assim, cronologicamente são pessoas idosas, mas tu vais perceber que a afetividade e a paixão, amor, essas coisas todas que envolvem eles não têm idade. Esse ano nós temos um senhor, muito querido, com 70 anos de idade no primeiro casamento. Quando ele veio fazer a habilitação, sabe, pensei, vou tirar uma foto com o senhor e vou divulgar isso em algumas mídias, pois a gente percebe, eu tenho tempo, eu posso isso ainda, para mim, então, é essa expectativa que as pessoas reservam das suas vidas de planejamento, elas não têm tempo, não importa o quanto eu seja jovem, ou o quanto esteja já numa idade mais madura, o que importa é que eu quero ter essa oportunidade, eu encontrei alguém e eu vou investir nesse encontro - , conclui Margot.
O 9° Casamento Coletivo acontece na Casa de Cultura, neste sábado, dia 27, e conta com a cobertura exclusiva do JM Digital. A transmissão será ao vivo pelo Facebook, @manchetetupan. O evento inicia às 19h.
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