Os moradores de algumas ruas do bairro Moraes relatam problemas de locomoção e dificuldades. A força da água invade casas e os condutores precisam desviar de crateras que cortam as ruas do bairro. A comunidade local procurou a reportagem do JM Digital para chamar a atenção das autoridades. O grupo também enviará ao Ministério Público um abaixo-assinado solicitando melhorias.
"Nós temos ruas aqui no bairro Moraes que são intransitáveis. Na verdade, não podemos mais chamar de rua, são crateras que existem aqui. A gente, com diálogo e respeito, tem procurado os órgãos possíveis, as secretarias responsáveis que pudessem nos ajudar a solucionar esse problema aqui. Aqui é um lugar onde passam bastante pedestres, crianças, idosos, pessoas com deficiências nessas ruas do bairro. Bastante veículos, caminhões com entrega de rancho, então, é uma rua bastante movimentada. Nós, aqui do bairro Moraes, somos um povo ordeiro, educado, contribuintes de imposto, não estamos criando caso com ninguém, mas o que a gente quer é uma atenção do Poder Público", disse a vice-presidente do bairro, vereadora Carina Valau.
Ela comenta que o problema já afeta a região desde de 2022, pois o grupo realizou reunião na Prefeitura no mês de janeiro do ano passado. Na reunião, foram explicitados os problemas e solicitado que os responsáveis tomassem conhecimento sobre o fato.
"O prefeito esteve aqui, nós aguardamos o conserto, porém já estamos chegando no mês de janeiro novamente. A gente entende que é um período chuvoso, a chuva estraga tudo, mas não foi só chuva aqui. A gente, que é morador, sabe, os vizinhos sabem que há muitos anos sem manutenção nesta rua. Conversei com o secretário de Obras, muito educado, a gente entende que o maquinário está no interior, mas o bairro Moraes está pedindo socorro. Fica difícil até descer uma ambulância já tivemos relatos de carros danificados nessas ruas", disse a representante da diretoria.
Morador da Rua João Manoel do Nascimento há quase 20 anos, Niltom Teixeira Soares cita que o problema vem se agravando nos últimos anos, e as valetas, que cortam a rua, dificultam a locomoção no local. “A gente pede o apoio da administração, que eles olhem o nosso bairro, a nossa rua com mais carinho, porque eu acho que a gente merece uma atenção. Dia de chuva é muito difícil de sair daqui.”
Outra rua, que também necessita de atenção, é a João Pereira Mello. Moradores colocaram cascalhos e pedras nos buracos para que os veículos não fiquem presos aos buracos. Outra dificuldade é que algumas casas enfrentam alagamentos.
Rua João Pereira Mello - Foto JM Digital.
“A gente mora aqui há um tempo. Quando foi colocada essa recapagem de asfalto, eles só aumentaram o nível da rua. As casas ficaram mais baixas, a minha casa é uma que sempre entra água quando chove. O calçamento e o asfalto foram feitos nas ruas de cima e de baixo e as travessas estão no estado que estão agora. Então, a água que escoa no asfalto (Rua Salim Schamum) desce. Além de criar essas crateras, entra água na minha casa e de vizinhos e dificulta a passagem de carros, tem crianças aqui também. Aqui é uma rua pequena, acho que seria um problema fácil de resolver”, disse Veridiane.
Na rua Habílio de Figueiredo Paz, o problema não é a falta de calçamento, mas sim a água da chuva que invade alguns pátios e até casas. A moradora Shirleiy Ferreira revela que os alagamentos na região são recorrentes. Segundo ela, um dos bueiros não funciona.
“Um dos bueiros é só para enfeite. A calçada já é alta, mas a água desce para baixo. Já tem uma mureta de tijolo na frente da área de casa, porque não tem condição. Encheu umas quatro vezes de tirar de balde. Agora, por último, desceu água de cima da calçada. A sorte é que a porta é de vidro. Já o ano retrasado, encheu tanto a água dentro de casa que eu tive que quebrar um tijolo de cada parede em cada peça da casa para a água poder sair para o pátio, pois não tinha condição de tirar”, disse a moradora.
EXECUTIVO MUNICIPAL
O site procurou a Prefeitura de Tupanciretã, deixando espaço disponível para a manifestação. Segundo o prefeito Gustavo Terra, o maquinário está atuando em duas linhas de frente no interior, que foi bastante castigado pelo excesso de chuvas dos últimos dias, Espinilho Grande, Assentamentos Conceição e Fátima. Entretanto, já há um planejamento para, a partir de sexta-feira, dia 22, atuar nos pontos mais críticos, inclusive o bairro Moraes.
O JM Digital teve acesso ao cronograma:
TODOS CONTRA A DENGUE