A Associação Defensora dos Animais de Tupanciretã (ADAT), situada no Complexo Industrial de Tupanciretã, atualmente atende cerca de 100 animais abandonados. Geralmente, os animais chegam ao local debilitados, necessitando de apoio ou após terem sido agredidos. O trabalho voluntário da ADAT depende do apoio da comunidade, pois é totalmente filantrópico.
A presidente da ADAT, Marina Paiva da Costa, revela que os casos de resgate triplicaram recentemente, e os custos para esse serviço à comunidade comprometem o futuro da Associação. Os animais são frequentemente abandonados em frente à sede, sem qualquer consideração dos tutores.
“Infelizmente, a maioria chega aqui em condições terríveis. Recentemente, encontramos um saco com filhotes amarrados. Conseguimos salvar um, mas as pessoas simplesmente descartam os animais aqui na ADAT. A ADAT não é um local de descarte, mas sim um local de ajuda aos animais, quando possível. Já estamos sobrecarregados”, disse Marina.
Por meio das redes sociais da ADAT, é possível acompanhar o trabalho realizado. Constantemente, vídeos e cards são publicados, mostrando a rotina da organização. As publicações tentam aproximar os animais de estimação de seus tutores, pedidos de ajuda e motivar doações. Mas o mais importante, divulgar os resgates e atendimentos.
Uma das clínicas parceiras da ADAT é a Anjos de Patas, da médica veterinária Keisy Paloma. A profissional atende os casos mais graves e revela que o aumento nos casos evoluiu muito. São inúmeros animais com problemas graves que chegam à clínica, a maioria vítimas de maus-tratos. Keisy conta sobre o último caso ocorrido em Tupanciretã, um cão da raça Shih Tzu desfigurado por larvas, sujo e com um dos olhos totalmente consumidos. A veterinária estima que mais de 1.000 larvas tenham sido removidas.
“O animal estava em uma condição terrível. Seu olho estava pendurado, apenas um resquício do que costumava ser. O globo ocular estava cheio de larvas, muitas delas. Abaixo do olho, havia uma lesão gigantesca, também infestada de larvas. Acreditamos que o animal pode ter sido mordido, causando a lesão. As larvas, em grande quantidade, estavam consumindo o tecido morto, aumentando cada vez mais a lesão. À medida que o líquido escorria da lesão, acreditamos que isso atraía ainda mais moscas, que depositavam mais larvas. O líquido deve ter escorrido pelo rosto do animal, possivelmente enquanto ele dormia, atraindo moscas para dentro de sua boca. Além das larvas nas lesões faciais, o animal também tinha larvas na gengiva. Durante a limpeza, removi dois de seus dentes. A situação era horrível, com larvas não apenas nas lesões externas, mas também dentro da cavidade oral”, disse à reportagem.
O cão deve passar por mais uma cirurgia nos próximos dias. O tutor foi identificado e a situação será informada às autoridades.
“Ele poderá vir aqui, mas não vou entregá-lo. Vou fazer mais uma cirurgia nele, para fechar a lesão. E pretendo doá-lo para pessoas comprometidas”, disse Keisy.
PARA AJUDAR A ADAT
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