O governo Gustavo Terra é alvo de fiscalização do Ministério Público Estadual na “Operação Trovão’, desencadeada no dia 31 de janeiro. Desde então o perfeito Gustavo Terra havia emitido uma nota em relação aos fatos, mas nesta sexta-feira, dia 09, quebrou o silêncio e trouxe ao público a sua manifestação sobre o fato. Ele ocupou espaço na imprensa local, onde tratou de alguns temas, entre estes, a fiscalização em andamento.
O prefeito iniciou explicando sobre os procedimentos, segundo ele, o 1° estágio é a formalização da denúncia, após inicia-se a investigação. Dentro da investigação, uma das etapas é coleta de material. Sendo nesta última a finalidade da ‘Operação Trovão’.
“Eu quero deixar claro: foram mais de 20 municípios envolvidos nesta etapa, simultaneamente, e um dos municípios foi Tupã, pois havia uma denúncia de irregularidades em contratos envolvendo a questão do lixo aqui no município. Irregularidades essas que eu até hoje desconheço. Fizemos dezenas de reuniões tratando disso, não existe tais irregularidades pelo conhecimento que tenho. Se tivesse jamais seria conivente. As pessoas que me conhecem sabem da minha idoneidade, do meu caráter e da imagem do meu governo perante a comunidade. A credibilidade que nós temos”, disse Gustavo.
Ele explica ainda, que a terceira etapa será de apresentação da denúncia do MP ao Tribunal de Justiça, ou arquivamento. E posteriormente, havendo denúncia, as partes serão chamadas para serem ouvidas dentro do processo legal.
“É importante que nesse tempo, as pessoas tenham uma noção muito clara, de qual fase nós estamos, para que não se precipitem e não vão condenando hoje. Porque estamos tratando de seres humanos, e até provem o contrário são pessoas do bem, corretas, idôneas, que não identifiquei culpa em ninguém”, acrescenta.
O prefeito explicou, também, sobre os procedimentos adotados durante a operação, ele detalhou sobre os mandados de buscas, e afirmou que não foi necessário que os agentes fossem até a sua residência.
"Me parece que havia um mandado de busca e apreensão para três residências: a minha, a do secretário e vice- prefeito, Marcio e do coordenador do Meio Ambiente, Jhefferson Andreatta. O procurador falou comigo aqui no gabinete, não achou necessária essa intervenção na minha residência, eles não estiveram lá. Eles buscaram os aparelhos de telefone para rastrear alguma eventual conversa que pudesse comprometer, e todos nós entregamos os aparelhos telefônicos. O computador do gabinete ele examinaram aqui mesmo, examinaram armários, gavetas e não encontraram absolutamente nada. Estou tranquilo quanto ao meu telefone, nunca tive contato com ninguém, e não é da minha esfera aqui. Quando as coisas chegam ao gabinete para assinatura é porque já tramitaram todas as etapas anteriores com todas as equipes que confio muito. Quando chega em mim já percorreram toda a tramitação e já estão no estágio final. Eu estou muito tranquilo ao não envolvimento ilícito de qualquer agente público aqui. Não acredito que há dolo e má fé aqui dentro. Se eu apurasse os fatos já teria aberto uma ação disciplinar", disse o prefeito.
Por fim, ele se manifestou sobre o seu mandato, que não trabalha buscando reeleição, fazendo uma alusão à massa de pão, pois, segundo ele, 'quanto mais lhe batem mais ele cresce'. E encerrou emitindo um recado aos ‘opositores' que tentam descredibilizar o seu governo: “sempre querendo afetar a imagem do meu provável sucessor, mas se continuarem me batendo, eu revejo a possibilidade de reeleição e encontro essas pessoas nos debates e nas urnas.
LEMBRE-SE DO CASO
No dia 31 e janeiro, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, Polícia Civil, Procuradoria da Função Penal Originária em conjunto com a Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, e Brigada Militar cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Tupanciretã, Secretaria do Desenvolvimento do Agronegócio e Sustentabilidade Ambiental, residências de empresários, agentes públicos em cidades da Região Metropolitana, Porto Alegre e Tupanciretã. A operação apura ocorrência de delitos e crimes de responsabilidade em negociações suspeitas.
TODOS CONTRA A DENGUE