Na tarde desta terça-feira dia 29 de novembro, o presidente do hospital de Caridade Brazilina Terra, conversou com a reportagem do Manchete Digital, na pauta os números reais da situação financeira do HCBT. Marcelo pormenorizou cada item de seu balanço e revelou que o prefeito sabe desses apontamentos e sempre foi atendido, inclusive no último feriadão, quando solicitou, através de ofício o zelo pela saúde de todos no município em virtude do fechamento dos Postos de Saúde para a liberação dos funcionários.
"O prefeito efetuava os repasses ao hospital regularmente, até que os valores deixaram de chegar. O plantão é uma obrigação do município, e não recebemos há dois meses, no início de Dezembro, será o terceiro mês sem receber, estamos mantendo os atendimentos, mas os médicos pagos pelo município também estão com salários atrasados, cuidamos de internações e demais serviços, mas mesmo assim, estamos mantendo o plantão. Requeremos o restante da subvenção 2015 e o restante previsto no Decreto Lei do Executivo Municipal, não respeitado pelo próprio prefeito, que assinou, se comprometendo em repassar um total de R$ 626.000,00 ao ano, recebemos R$ 74.000,00 em janeiro, R$ 30.000,00 em março e em abril R$ 40.000,00, faltando ainda R$ 482.000,00. A subvenção mensal deixou de ser repassada na metade de 2015, sendo seis meses com valor estimado em R$ 320.000,00."
O município deve R$ 357.837.94 por dois meses sem pagar o plantão. Afirmou o presidente do Hospital de Caridade Brazilina Terra.
Segundo Marcelo, medidas foram tomadas para alcançar 20% de redução nos custos com a folha de pagamento, e se não houver alternativa, trabalhará dentro da capacidade, podendo receber até 15 internações, isso provocaria demissões. Em relação ao plantão, pretende suspender o convênio com a Prefeitura, pois haverá uma redução no orçamento para 2017, lembrou-se da parceria com a Unimed, da urgência em quitar a dívida do oxigênio que é de R$ 80.000,00.
" A Constituição Federal prevê repasses para entidades privadas, no seu Artigo 199, parágrafo segundo, o prefeito não pode negar apoio, não existe má gestão, já teríamos fechado as portas, a falta de repasses da prefeitura, prejudicou a arrecadação. As dívidas que giram em torno de R$ 5,3 Milhões, serão parceladas e cabem dentro do orçamento, perderemos prazos de acordos, e com isso não seremos contemplados com outros repasses."
Marcelo revelou que os repasses do SUS estão defasados, em até 70% em alguns procedimentos e agradeceu o apoio da comunidade e de todas as pessoas e empresas que realizam doações ao HCBT, lembrou-se do apoio dos mantenedores, e que está lutando pela manutenção do hospital.