Desde terça-feira de manhã, quando foram assassinadas quatro pessoas (dois adolescentes, uma criança e um idoso), Pinhal Grande vive um clima de medo. A tranquilidade, característica do município que possui tem  4,5 mil habitantes, deu lugar ao pavor. O responsável pela chacina, o agricultor Ariosto da Rosa, 41 anos, segue foragido. De acordo um policial, que trabalha nas buscas, na noite de quinta-feira, ele surpreendeu e retornou para sua casa, na localidade de Rincão dos Basílios, onde matou  Bianca Salles, de 16 anos, que era sua enteada. Pelo chão, havia cascas de ovos e arroz esparramado.  

Antes, o assassino esteve na casa de um filho de 21 anos,  entre 21h e 22h, na Vila Mosa, localizada também em Rincão dos Basílios. O jovem e a mãe, ao ouvirem barulhos no entorno da casa, se trancaram no banheiro e ligaram para a Brigada Militar (BM). 

De uma personalidade audaciosa e vingativa, Rosa está armado com um revólver 38 e teria uma lista de outras pessoas para matar. Um deles era um vizinho, no qual o criminoso tinha um desentendimento por causa de terras. Na terça-feira, data da chacina, quem acabou morrendo no lugar do pai foi Iran Gonçalves dos Santos, 10 anos, já que Rosa não localizou o homem.

As buscas no município continuam nesta sexta-feira com cerca de 40 policiais militares e civis, cães e um helicóptero do Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BM). O município possui cerca de 800 quilômetros de estradas de chão.  Rosa é natural de Pinhal e conhece na palma da mão o terreno.