Os policiais civis gaúchos iniciaram, hoje, uma paralisação de 48 horas contra o parcelamento de salários. A paralisação atinge todas as cidades do Rio Grande do Sul, com adesão total dos agentes da polícia civil. Em Santa Maria, os policiais realizaram atividades de mobilização e já começaram a se preparar para o deslocamento até Porto Alegre, onde participarão da 3ª Marcha da Segurança Pública, que ocorre amanhã. Em Porto Alegre, a adesão também foi significativa, com a totalidade das delegacias aderindo à paralisação.
De acordo com o representante regional Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), Leonardo Trevisan, estão sendo atendidos somente casos de prisão em flagrante, roubo, tráfico de droga, homicídio, latrocínio e abuso sexual.
"O governo está fazendo um tipo de confisco do nosso salário e do 13º. Além disto, faltam políticas de segurança pública. A criminalidade está crescendo e os investimentos diminuindo. Nós trabalhamos em condições precárias. Se continuar assim, a tendência é que a criminalidade aumente em 2017", desabafou Trevisan. Mandados de busca e apreensão, e de prisões, não serão realizados até quarta-feira.
Amanhã, cerca de 70 policiais de Santa Maria e região participam dos atos na capital gaúcha.
Marcha da Segurança
A 3ª Marcha da Segurança Pública e da Assembleia Geral dos policiais civis começa a partir do meio-dia. Os policiais estarão na frente do Palácio da Polícia, onde realizarão a Assembleia Geral que discutirá os rumos do movimento contra o pacote de medidas do governo Sartori. Na assembleia também será discutida a proposta de ingresso de um pedido de impeachment contra o governador. O pedido se baseará nos seguidos descumprimentos de decisões judiciais por parte do governo. Após a realização da Assembleia, os policiais sairão em marcha até o Palácio Piratini, onde se juntarão ao conjunto dos servidores públicos estaduais e federais.
A Razão