Entra ano e sai ano, e os desmandos dos políticos servem de exemplo, estamos fartos de um sistema corrompido, cheio de artimanhas e armadilhas, muitas vezes o descaso está aqui, do nosso lado, surgindo do nosso voto. A maioria dos eleitores tupanciretanenses não se deu conta, mas somente nesta semana, atos deliberados, cercaram o cenário da política local.
Não vi manifestações do Verde Amarelo, nem ao menos as milhares de pessoas em frente à Câmara, ou até mesmo a RBS, como aconteceu em 2015, não vi ninguém manifestar sua indignação de corpo presente, como aconteceu naquele ano, que trouxe a tona o uso exagerado das diárias, o silêncio tomou conta, e quem gritou sozinho, não teve forças para vencer.
Ao meio-dia desta sexta-feira, com ausência de um vereador, e com apoio de uma oposicionista, os legisladores locais votaram o 13°, a oposição não teve vez, foi sacudida pela falta de afinidade. Depois de exonerar quatro funcionários e readmiti-los no outro dia, os edis, cumpriram a decisão do STF e incorporaram o subsídio aos seus salários, atos legais, porém imorais.
Mas o que mais chamou atenção no plenário João Manoel do Nascimento, foi a incapacidade do povo se manifestar, não vi cartazes nem gritos de ordem, não vi o que deveria. Foram seis votos a favor, uma abstenção e um grito solo de agonia, embora, ninguém tivesse escutado. Onde estava a grande mídia de milhares de ouvintes, que não ao lado do povo?
O dia que Tupã virou Brasília, em uma sessão extraordinária, cheia de bate boca, demagogia, bolsos famintos por "grana fácil", sorrisos amarelos e discursos descompromissados. E quem diria que ela teria razão, não era ironia, era realismo: " Nós temos o poder aqui," a ex-vereadora tinha razão. Nesta sexta-feira 12, o plenário mostrou que o poder está ali, e que a política dos acovardados, segue legislando por aqui.
E ainda falam dos coronéis, ora, esses devem estar se revirando no caixão, como diziam os antigos. Inimigos do povo, regados a banquetes, enquanto fazem da nossa democracia o pão e circo da república brasileira, larguem suas mamadeiras, o povo precisa de vocês aqui, ou será que perdemos a capacidade de indignação?
Naquele ano, que o povo foi para rua, as mudanças foram imediatas, quem teve habilidade de mudar e cortar diárias, foi ridicularizado, bombardeado pelas críticas, quem teve coragem de falar a verdade, não teve votos suficientes, quero ver agora, se alguém vai esquecer, o dia em que Tupã virou Brasília.
Jefferson da Silveira da Silva
Diretor/proprietário
Jornal Manchete Digital