Nesta semana o Sindicato Rural de Tupanciretã Jari e Quevedos, tradicional entidade local e regional, lançou previamente a 63° EXPOTUPÃ, uma das mais antigas feiras do Estado, sim, está entre as primeiras a surgir no RS.
Em 2018, diante de tantas dificuldades econômicas, os organizadores desafiaram a lógica, e mostraram coragem ao encabeçar este projeto, um dos poucos que ainda resistem ao tempo e as transformações da sociedade.
Poucos sabem, mas a Expotupã não dá lucro, ela se sustenta com apoio dos segmentos, que a cada mês cortam incentivos ao "supérfluo".
O povo quer shows, mas não lembra que na última vez que isso aconteceu, não lotou os espaços destinados. O povo quer evento, mas não considera que isso tem custo, uma feira modesta, necessita de pouco mais de R$ 220 mil para acontecer.
Muitas vezes já escutei o discurso, que o apoio da Prefeitura e Câmara Municipal poderia ser utilizado em outras vias, claro que o tom político não tem responsabilidade com o fato histórico que esse evento representa.
Muitas feiras da região não acontecerão em 2018, algumas em cidades de porte maior que a nossa. Mas o que fazer em meio à crise econômica, deixar de realizar? Os organizadores terão uma tarefa difícil pela frente, mas não podemos permitir que o nosso maior patrimônio cultural morra.
A exposição precisa da força de todos, tanto dos que sempre lucraram com ela, tanto dos que estão criticando, a EXPOTUPÃ tem um pouco de todos nós, seja na hora de criticar, ou no momento de apoiar, é hora de juntar forças para realizar, pois para bani-la do calendário, falta bem pouco.