É páscoa! o misticismo floresce, poucos não são tocados por estes momentos. Não há como negar que entorno desta data, se revigora a fé e nos conectamos com mais fervor ao Deus supremo, nestes dias, Jesus de Nazaré preenche os corações, que são tomados de energia, pureza e bondades, ficam mais felizes, como somos seres contagiantes, a Páscoa ganha sinônimo de amor e felicidade. Sentimentos que não devem concentrar-se apenas no comércio de chocolates, peixes, vinhos ou na simples entrega ou partilha ao outro.
O verdadeiro sentido da Páscoa está na sua essência e significado, geralmente esplanadas e ovacionadas em atividades e celebrações na casa de Deus, por seus atuais "apóstolos", as autoridades eclesiásticas, agregadores de fiéis seguidores dos mandamentos divinos, com ápice maior, no humanista, reformista e carismático do Papa Francisco.
Difícil não associar Páscoa às igrejas e padres, aqui, conheci, e tive passagens com alguns que marcaram meu coração, que deram o seu melhor pela nossa paróquia e comunidade, propício, lembrá-los.
Principalmente pelo episódio triste na Diocese de Formosa, o Bispo Dom José Ronaldo, associando-se a outros padres, usa do seu poder administrativo que lhe confere a Mitra e como "Caifas" traidor fariseu, astuto e manipulador, implantou corrupção e ganância na Cúria de Goiás. Milhões afanados das igrejas, em benefícios pessoais e compra de bens imóveis, menos mal que estão todos sobre a tutela da Justiça, porém, o mau exemplo não se apaga fácil, pode ser amenizado, quando destacamos aqueles que pregaram e pregam decentemente a nobre missão pastoral.
Cito o Padre Antônio Didoné, Tonico, como poetizou Nilton Rosa, tive a oportunidade de transportá-lo de carro muitas vezes. Fui brindado com sua sabedoria e sábias conversas, também, das posições fortes de sacerdote rígido e exemplar. Numa oportunidade, questionou-me, quando iria ter movimento grande no Salgueiro, respondi-lhe que estava previsto uma palestra para o próximo mês, ele riu, e disse: "palestra não, dá muito sono, estou falando da festa." Foi numa destas comemorações, que emoldurei um dos seus últimos bilhetes, se desculpando pela ausência e desejando felicidades à Sociedade.
Já, o padre Serafim, batizou um dos meus filhos, um pastor tranquilo, uma mansidão a serviço de Deus, deixou boas lembranças, ganhou o carinho de muitos pelo seu digno trabalho e a transição das eras Antônio. Numa oportunidade, na romaria de Nossa Senhora Medianeira em Santa Maria, com milhares de fiéis, por horas enfrentei a fila para a benção. Senti muita recompensa, me senti em casa em meio a tanta gente, a proteção veio das mãos do inesquecível e conhecido padre Serafim.
Depois padre Jair, "criatura" de sorriso largo, fácil, querido, entusiasta, flexível, moderno, não menos paroquial e cobrador dos ensinamentos e deveres dos seus discípulos. Pela cor e porte físico, algumas vezes fui confundido com ele, dize-lhe que quando acontecia, tinha pena dele, pelos meus pecados, e isso, resultava numa boa gargalhada. Noutro momento, fomos os dois presenteados por um amigo, com um par de sapatos novos, calçados que ainda tenho cuidado especial e batizei de "sapatos do padre Jair".
Padre Gildo, também teve minha consideração, meu carinho, meu respeito, nossa história foi mais amistosa, eu era presidente da Câmara, quando ele era um dos líderes do maior protesto político contra esta Instituição. Antes disso, oportunizei na Casa Legislativa as "cruzadas", recepção e certificação aos padres visitantes e promotores.
Ainda assim, foi boa a minha gestão parlamentar, os números e ações mostraram isto, bem como foi a passagem e trabalho na paróquia do ilustre padre, líder religioso e fervoroso político, paróquia que hoje, pulsa e vibra com a juventude e altivez do jovem Cristiano Quatrim, que certamente, também planta boas relações, com certeza, amanhã, terá um dos seus jovens a escrever com prazer sobre saudades suas.
Pois boas lembranças certificam momentos felizes, ofícios cumpridos, laços fraternos e a certeza que amizades perfumam a vida, e que páscoa também é reconhecer e relembrar pessoas, reviver relações e saudades.
Abraço