Se ficar o bicho come se correr o bicho pega, ditado que não deve em hipótese nenhuma balizar o sentimento do povo brasileiro neste período pós-greve dos caminhoneiros. O recado foi muito bem dado e os resultados foram desastrosos a vários seguimentos, definitivamente nesta questão dos combustíveis pouco se resolveu, o desdobramento da crise é latente e pode revigorar-se logo adiante. Mesmo assim, que não percamos de vez a capacidade de acreditar que ainda e possível traçar novos rumos à nação, não só a partir do outubro eleitoral, mas de agora.
Entendo que para isso precisamos focar nas células de intolerâncias vicejantes e entranhadas na política, judiciário e na própria sociedade. Autorreformar e promover a própria autocrítica é necessidade básica neste momento a todos. A política é a área mais contestada, realmente a que mais tem desagradado, porque se submeteu a comandos tirânicos e partidários, que exterminam boas políticas e sequestram os bens públicos, com raras exceções.
Tenho escutado e lido o que posso sobre nossa atual situação, o judiciário, também tem contribuído muito para nossas insuficiências e ingerências administrativas, pois a ele cabe arbitrar, isento de paixões partidárias e pessoais.
A justiça em todas as suas instancias deve estar acima de qualquer suspeita para que não se desmoralize os placares de votos com resultados meio a meio em assuntos fatais para o Brasil no Supremo Tribunal Federal, lembram conveniências e conivências.
Não é possível que assuntos relevantes possam ter votações tão difíceis e acirradas, assim, criam-se inseguranças jurídicas e faz o povo desacreditar, pois a imagem passada é de impunidade a crimes praticados na lava jato, por exemplo, crimes que serão determinantes para a reforma política, a justiça devia abranger a todos os envolvidos de maneira igual, sem privilégios e com mais celeridade.
O que temos observado é um fleche de despreparo do governo para planejar futuros, conter gastos, aplicar corretamente os recursos, firmar posições e definir prioridades, que permitam ao povo trabalhar e viver melhor. Tendo mais atenção na saúde, segurança e moradia.
Um pouco mais de auto-suficiência financeira através de emprego as pessoas, permitirá que elas estudem, estruturem famílias, se divirtam, sejam felizes e automaticamente façam a revolução social tão desejada numa farta mesa de igualdades.
Difícil será calar o grito do povo do cotidiano "chega" se não ouvi-los com mais atenção, à greve foi uma constatação de que classes organizadas vão alem de barulhos e que já descobriram a força que possuem.
Colocar as barbas de molho, um conselho de alerta secular, seria prudente aos homens da política, judiciário, autarquias, estatais, grandes empresas, sindicatos, poderes religiosos, funcionários públicos de todas as esferas e pessoas, povo, enfim, sociedade em geral, é hora de reformar, refazer, reformular a bem de todos.
Os verdadeiros governos democráticos se fazem nas urnas, no voto livre e consciente, porem, a consolidação maior de um país está na sua gente, na educação, na cultura, no jeito de pensar, agir e resolver suas mazelas e indiferenças.
Já temos mais de 500 anos e perdemos tempos de mais, que o Brasil que queremos, seja um país que ande para frente, sem olhar para trás e sem buscar os fantasmas da ditadura, justiça passiva e governos corruptos.
Abraços.