Na ocasião, brasileiros e portugueses, disputavam poder, a noite foi descrita em um relato da época: “A cena de uma rua é, a um só tempo, a mesma de todo o quarteirão. Os pés de chumbo (portugueses) deixam que a cabralhada (brasileiros) se aproxime o mais possível. E inesperadamente, de todas as portas, chovem garrafas inteiras e aos pedaços sobre os invasores. O sangue espirra, testas, cabeças, canelas... Gritos, gemidos, uivos, guinchos. É inverossímil.
E a raça toda, de cacete em punho, vai malhando... E os corpos a cair ensanguentados sobre os cacos navalhantes das garrafas.” (Correia, V.,1933,p.42).
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Já em Tupanciretã, o fato tem uma proporção menor, insignificante, obviamente, mas não deixa de ser motivada por uma disputa entre os que querem a cidade limpa sem esse descarte intransigente de “long neck”, de alguns frequentadores que acabam desprezando o ambiente em que habitam.
Primeiro, os canteiros seguidamente atendidos pela Equipe de Limpeza do Município, além das lixeiras que foram colocadas ali, com a intensão de minimizar a bagunça. Porém, neste domingo (09), as garrafas estavam trituradas e cobriam a principal Avenida da cidade. Hei, mora mais gente aqui!
A “Noite das Garrafadas Tupanciretanense” vai trazer consequências para quem causou o estrago. Outras pessoas poderiam ser beneficiadas, outros Bairros ou Praças, poderiam receber a devida atenção da equipe, mas não, o poder público acaba atendendo um fatia muito pequena da população, pois o local de grande movimento durante o horário comercial é reiteradamente anarquizado e precisa ser limpo constantemente, um vício que pode custar caro ao cidadão em longo prazo.