O impasse entre os moradores Beira-Trilho e a empresa RUMO já foi mais debatido entre os políticos locais, mas é nos Tribunais que a situação parece mais delicada e ao mesmo tempo ameaçadora, pois centenas de tupanciretanenses correm risco de perder suas residências.
No mês de abril, a defensora pública, Isabel Wexel esteve em Tupanciretã, trazendo seu conhecimento aos moradores que vivem nestas condições, e orientou as famílias sobre essa possibilidade legal que até então não havia sido ventilada. Segundo a defensora, o modelo de protocolo deixado aqui é o mesmo utilizado em cidades como Cruz Alta e Ijuí.
No dia 3 de junho, a representante dos moradores, Gisele Santos esteve no Gabinete Municipal, juntamente com a vereadora Carina Valau – MDB, para protocolar o pedido de adequação das moradias através da Regularização Fundiária Urbana – REURB. Na ocasião, a vereadora Carina Valau entregou o documento para prefeito Carlos Augusto Brum de Souza - Progressistas e se comprometeu em protocolar o pedido também junto à Justiça Federal em Cruz Alta. Tentamos contato com a vereadora, mas não fomos atendidos.
A regularização dos lotes urbanos contempla imóveis com mais de 20 anos de uso, esses moradores passariam a ter direito de indenização e ou seriam realocados, no entanto, o ‘ato declatório próprio’ ainda não foi expedido pelo Executivo Municipal, conforme explicou a defensora em matéria publicada no dia 24 de abril, pelo site da Defensoria Pública do Estado, o procedimento é crucial para dar entrada no pedido de regularização, ela também esteve em Tupanciretã no dia 31 de maio, onde palestrou para as famílias ligadas a questão, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Tupanciretã e pediu que os moradores permanecessem unidos para enfrentar o problema.