Nos discursos inflamados dos políticos, que frequentam regularmente a Abertura Oficial da Colheita da Soja, Tupanciretã é levemente lembrada nas falas dos oradores. Os temas geralmente não pontuam a Terra da Mãe de Deus, cidade hospitaleira, gaúcha, de raça charrua e de idealizadores inteligentes e astutos.
Os temas tão necessários, como melhoramento de infraestrutura, asfaltamento da ERS 392, recuperação e regularização da área do Estado no Quadro do Frigorífico são irrelevantes nas manifestações, diante dos questionamentos de autoridades visitantes. É isso que a comunidade merece, atenção e respeito por seus anseios.
Sobra pouco espaço para autoridades locais, em um protocolo que precisa ser aproximado das deficiências locais, da contribuição do município entre tantas qualidades que precisam ser pontuadas e são desprezadas.
Gosto de rememorar frases de Sun Tzu, e uma delas define uma estratégia política muito usual,‘Os que ignoram as condições geográficas - montanhas e florestas - desfiladeiros perigosos, pântanos e lamaçais - não podem conduzir a marcha de um exército’.
Nesse caso, exército, substitua por municipalidade ou munícipes, os que ignoram, tratarão como as autoridades que tão sabidamente buscam seus objetivos e propósitos, mas pecam na infâmia de não saber as necessidades da comunidade que dispõe de seu tempo e resiste às criticas de um dos últimos símbolos conquistados na terra missioneira que tem a fama de perder tudo que um dia se orgulhou.
O simbolismo da soja, a luta pelo melhoramento da cultura se perdeu nas ofertas que povoaram os campos pelo grão de ouro, que enche de orgulho seus últimos idealizadores que se esqueceram da forma argilosa que tiveram que superar ao mudar os cenários das coxilhas serranas, saiu o gado, chegou à soja, saiu à história encerrou a glória.
No entanto, a vida prosperou, e o tempo trouxe melhorias, sabia-se muito pouco sobre o futuro, a soja transgênica oferecia riscos, dos mais diversos entre tantos que nunca se confirmaram. A batalha da época precisa ser lembrada para toda história e a cidade do já teve não pode perder o único momento que a projeta nos cenários estadual e nacional.
O ano é de estiagem,
a vida está dificílima, números catastróficos com resultados negativos, mas não
é isso que vai impedir de mantermos aqui, o simbolismo máximo do principal
ganho da economia local.
Capital da Soja: 'o que falta é discutir Tupanciretã, aproveitar o momento para esclarecer as demandas desprezadas e colocar na mesa nossas carências'