Apesar dos esforços da Administração Municipal para combater à disseminação do COVID-19, o impacto do vírus para os próximos dias tem sido frequentemente observado por autoridades locais que, a exemplo do Brasil, encontram dificuldades para adquirir equipamentos e insumos.
No momento, Tupanciretã não dispõe de ventiladores pulmonares, equipamento é importante aliado no momento de tratar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, típica em pacientes clinicamente atingidos pelo novo coronavírus, que além de utilizarem por muito tempo, média de 14 dias, mudam rapidamente o quadro clínico, geralmente necessitando com extrema urgência. Este é o maior desafio, diante de um cenário recente e repleto de dúvidas.
A administração municipal buscou um equipamento no mercado, ainda sem data para chegar, pois o atraso não é uma prova de incompetência e sim, um problema global, incluindo países que possuem tecnologia de ponta na área médica e pesquisa, como EUA, Inglaterra, Espanha, estes, os mais afetados pela violência silenciosa em que o vírus ataca.
Em conversa com o secretário de Saúde, Ezequiel Cella, na última sexta-feira, 04, buscamos fundamentações para trazer aos leitores do JM Digital a real condição de Tupanciretã.
“Nós temos um alugado que deve chegar mais tardar na segunda-feira 6, segundo o fornecedor passou. Esse foi alugado com o dinheiro do Fórum da Comarca de Tupanciretã, R$ 40 mil. O comprado deve chegar em meados de maio, mas não tenho certeza da data, vamos contar com a empresa”, explicou o secretário.
No Hospital de Caridade Brazilina Terra, uma esperança já foi descartada, um respirador antigo e sem manutenção, que foi encaminhado para avaliação foi condenado pelos técnicos, além das peças de reposição para manutenção estarem obsoletas no mercado o equipamento antigo também estava zinabrado.
Além da espera para reposição no mercado estar durando em média de até 60 dias, a corrida contra o tempo possibilitou uma segunda alternativa, que vem do bloco cirúrgico.
“Temos um carrinho de anestesia, menor, mais antigo da década de 90, que era usado no bloco cirúrgico, que enviamos a Porto Alegre e estamos aguardando uma reposta se pode para ser utilizado”, encerra o Ezequiel.
Diante destes fatores, a primeira ação da comunidade surgiu de uma ideia da Comissão das Produtoras Rurais, ligada ao Sindicato Rural de Tupanciretã, Jari e Quevedos, que através de uma campanha entre os associados conseguiu arrecadar o valor R$ 48 mil para a aquisição de um ventilador mecânico através de cotas e outro produtor rural realizou uma única doação para aquisição de outro equipamento que será doado ao HCBT, confirmou presidente do Sindicato Rural, Gustavo Terra, ao programa Mix Tupanciretã da Rádio Raul Boop, na manhã deste sábado, dia 04.
“Em menos de 16 horas conseguimos levantar esses valores, a campanha continua, quem quiser doar pode entrar em contato com o sindicato, revela Gustavo.
O pico da doença, segundo informações do Ministério da Saúde será entre maio e junho até lá, o isolamento social continua sendo a única alternativa, já que não existe vacina para o Sars-Cov-2, nem remédios para combater à doença, embora a ciência já tenha avançado em pesquisa.