“Não podemos deixar misturar às coisas, porque estamos em um
ano eleitoral, muito próximo do pleito e nós não podemos tirar proveito. Tanto
nós administração como a comunidade procurando desgastar as pessoas que
trabalham, as pessoas estão ali dando sangue, estão na frente, correndo com a
presença do vírus ou a suspeita da presença. É um trabalho muito árduo,
precisamos de ajuda. Aquele que não recebeu a ligação, ligue, dê o retorno pra
nós”, disse o prefeito Carlos Augusto Brum de Souza na tarde dessa
quarta-feira, dia 27, em coletiva de imprensa realizada na sala de reuniões da
Prefeitura Municipal de Tupanciretã.
Em coletiva de imprensa a Administração Municipal de Tupanciretã juntamente com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e Setor de Infectologia convocaram os principais veículos de imprensa da cidade para uma coletiva onde pontuou detalhes sobre procedimentos que estão sendo adotados neste momento em que a Sars-CoV-2 tornou-se uma realidade em nosso município.
Diante de constantes manifestações de pessoas, que usaram as redes sociais para relatar sobre uma certa displicência da Saúde em não monitorar pacientes e nem incluí-los no Boletim Epidemiológico criou-se uma desordem. O tema principal sem dúvida era: será que estão monitorando infectados e contactantes?
A enfermeira Izabel Prestes, responsável pelo Setor de Infectologia, pontuou claramente os procedimentos adotados no ESF4- Posto de Saúde referência no atendimento à pacientes suspeitos ou positivados do novo coronavírus.
“Nós temos uma sala lá, arejada, com distanciamento das cadeiras, todas as pessoas que chegam lá estão de máscara, passam pela recepção, passam por uma triagem e depois faz uma consulta com a médica uma consulta muito criteriosa. É a quarta vez que mudam o fluxograma do Ministério da Saúde disse.
Os testes rápidos precisam ser realizados 10 dias após o início dos sintomas, podendo então, ter como resultado um falso positivo ou negativo e o teste PCR são realizados até sete a contar o primeiro dia dos sintomas, este exame vai para o Laboratório central do Estado (Lacen), o resultado demora até quatro dias.
“Não são todas as pessoas que têm direito de fazer o teste,
devendo seguir critérios, não podemos escolher quem vai fazer os testes: não
podemos fugir do protocolo”, complementou Izabel.
Além disso, em Tupanciretã, os testes estão sendo realizados 12 dias para não perder o teste ou ter resultado inconclusivo. Aqueles que não podem fazer o teste, pois não se encaixam nos critérios ou as que estão positivados, são orientados a ficarem em casa por até 14 dias.
Às vezes temos dificuldades de entrar em contato com essas pessoas, pois não atendem telefone, mas uma coisa que fique claro: no momento em que o paciente consulta ele é orientado a todos os hábitos que ele deve ter em seu domicílio. Após os 14 dias o paciente é liberado, encerra.
O secretário da Saúde Ezequiel Cella falou sobre os procedimentos para monitoramento e trouxe detalhes sobre o novo procedimento de notificação.
“A gente está colocando um celular exclusivo aos pacientes que estão sendo assistidos pelo ESF-4. A equipe conversa o dia inteiro, justamente pensando de que maneira vamos fazer as coisas de maneira afinada”, disse o responsável da pasta.
O aumento de exames e acumulo de tarefas diante no novo cenário acabou prejudicando os contatos e diligências na busca de monitorados, explicou a enfermeira Diaine Vieira.
“A queixa não foi direta pra nós, pois foi publicada primeiro em redes sociais e meios de comunicação, e hoje de manhã, eu peguei a lista dos pacientes e dos acompanhantes que usam os serviços de transporte de hemodiálise para Cruz Alta e me coloquei à deposição, passei orientações e números de contato. Só erra quem faz a gente não tem o intuito de errar”, revelou a enfermeira.
Os contatos a familiares também poderão acontecer de Cruz Alta, em caso de pacientes internados por lá. Outra informação importante, revelada na coletiva, trata de um leito infantil adquirido pelo Executivo. A live completa está disponível no Facebook do JM Digital.