A criação de uma notícia nem
sempre ou quase nunca é tão fácil quanto se imagina. O leitor a interpreta na
sua visão ideológica e outros catam erros para denegrir o autor ou confrontá-lo
com a intenção de dissolver sua credibilidade.
Nesta semana cometi uma gafe, sim, isso
acontece, injustificadamente, ao escrever sobre a liberação da vacinação contra a
influenza à população tupanciretanense, no terceiro parágrafo da matéria
escrevi, quase que automático, a palavra Covid-19, que, inclusive, é a que mais
tenho redigido nos últimos dias, confesso: estou exaurido dessa pauta.
O erro não foi na manchete
nem no resumo da notícia, ele estava inserido no conteúdo da informação,
gritantemente deslocado da semântica jornalística, difuso naquele contexto
vacinal.
De pronto, algumas pessoas
entraram em contato no privado, gente de bem, que preocupada com aquilo que os
maldosos de plantão poderiam criar diante daquele erro impertinente. Porém,
outros desvalidos, que aceitam material de péssima qualidade em outro meio de
comunicação e pactuam conjuntamente com erros básicos de pontuação, acentuação
e dissonância, não perderam tempo e saíram achincalhando a citação deslocada da
matéria.
Os prints além de
desvalorizarem o conteúdo original, são facilmente manipuláveis e de fácil edição,
podendo mudar um texto em questão de segundos, com recursos que são criados
para facilitar à vida, mas também são utilizados para difamar indistintamente.
É fácil apontar erros quando
se está com a mente descansada, ainda mais para quem não trabalha há 100
dias e segue com seu salário garantido, sem precisar desgastar um fio de
cabelo.
Desde que a Campanha Nacional de Vacinação começou, em 23 de março, mesmo que muitas vezes com olhos cansados e o corpo em exaustão, cuidava atentamente para não trocar Covid-19 por H1N1 e foi no último dia, em um parágrafo de fechamento que o erro aconteceu, mas mesmo assim, alguém estava atento para printar a informação e espalhar pelos grupos de WhatsApp como se fosse um vexame, mostrando que sente-se prazeroso(a) diante de falhas na covardia de seu obscurantismo.