Uma das principais formas de analisar o avanço comunitário da Covid-19 é a testagem em massa, obviamente, há uma dificuldade em todo o país em coletar essas informações, assim, casos subnotificados acabam ganhando destaque nas matérias dos grandes grupos de comunicação.
Conforme dados do governo gaúcho, divulgados em maio, para cada milhão de habitantes, 2,2 mil estariam infectados, pela margem de erro, o número varia entre 4 e 16.
Tupanciretã, até esta quinta-feira (09), entre exames do Laboratório Central do Estado (LACEN), particulares e testes rápidos, atingiu 232 descartados para Covid-19, confirma a Secretaria Municipal da Saúde ( SMS).
Considerando a população estimada, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2019, Tupanciretã possui 23.948 pessoas. Na média, 1 em cada 103 habitantes já passou por testes para precisar contágios pelo novo coronavírus e foram descartados para infecção.
Os pacientes confirmados não aparecem nessa relação, esses somam 19, com 14 recuperados, um óbito e quatro em tratamento, ou, um contagiado para cada 1.260 pessoas. O número pode ser mais positivo, desconsiderando aqueles registrados como importados, mas esse dado não foi pormenorizado pela reportagem.
Conforme o secretário da Saúde, Ezequiel Cella, os testes
são satisfatórios e auxiliam no controle da propagação do vírus.
“Hoje temos uma média de um exame para cada grupo de 103 pessoas, então é uma média muito boa. Mas os testes são crescentes, aumenta a cada dia. A gente consegue ter o mapeamento da nossa cidade, visualizar se temos uma propagação do vírus ou não, ou se está um ambiente mais seguro e mais tranquilo, disse Cella.
Os dados são importantes para que haja um mapeamento da cidade, a fim de identificar o quantitativo e assim ter um maior controle, grandes cidades não conseguem alcançar esse índice, considerado satisfatório pelo líder da Pasta.
“Os grandes centros não conseguem ter uma média tão boa quanto essa, têm um quantitativo bem diferente. O Estado vem fazendo aqueles estudos com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) justamente para poder sentir essa evolução e quanto as pessoas estão se contaminando e se curando. Então, essa visualização que é importante nesse mapeamento para a gente conseguir ter uma construção dos próximos rumos e a evolução do vírus e justamente saber quando consegue estabilizar e chegar ao fim do ciclo do Covid. Vai ser nesse caminho”, finaliza.
Os testes são importantes para abastecer os gestores públicos e traçar a real dimensão de propagação do vírus, e assim facilitar a tomada de decisões estratégicas. Através dessa análise é possível determinar se há necessidade de medidas rígidas de isolamento.
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