Pela primeira vez desde o fim de junho, o Rio Grande do Sul volta a ter regiões classificadas em bandeira amarela. A última vez que o RS havia apresentado regiões em risco epidemiológico baixo foi na oitava rodada, entre 30 de junho e 6 de julho. Na 23ª semana do modelo de Distanciamento Controlado, divulgada nesta sexta-feira (9/10), o Estado só apresenta bandeira amarela e laranja (risco epidemiológico médio).
As regiões de Bagé, Palmeira das Missões e Pelotas são as três que apresentaram melhora e passaram para bandeira amarela. As outras 18 regiões seguem classificadas como bandeira laranja.
Classificada em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto) na 22ª rodada, a região Covid de Santa Maria apresentou melhora de indicadores e retorna à bandeira laranja nesta semana.
A melhora de indicadores tem sido verificada nas últimas três rodadas. Na 21ª, todas as 21 regiões foram classificadas em laranja, e na 22ª, somente a região Covid de Santa Maria ficou em bandeira vermelha. A 23ª rodada, por sua vez, traz três regiões em bandeira amarela e 18 em bandeira laranja. Dos 497 municípios gaúchos, 284 não apresentaram registro de hospitalizações e óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias.
Veja o mapa preliminar da 23ª rodada: https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
Em todo o Estado, percebeu-se uma estabilidade ou melhora na maioria dos indicadores, como registros de novas hospitalizações (-29%) e óbitos (-7%). Houve estabilidade no número de internados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou por Covid-19 em UTI e um leve aumento nos internados com Covid-19 em leito clínico.
Mesmo contabilizando pacientes internados por outras causas, os números apontam leve queda na quantidade de UTIs ocupadas. A manutenção do total de leitos de UTI se traduziu em leve aumento na razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19.
Regra 0-0
Como não há regiões classificadas em bandeira vermelha, somente bandeira amarela ou laranja, não será necessário, nesta rodada, aplicar a Regra 0-0, que permite que municípios pertencentes a regiões classificadas em risco alto e que não tenham registro de óbito ou de hospitalização de moradores nos últimos 14 dias possam adotar regras da bandeira laranja.
A título de informação, dos 417 municípios (9.912.608 habitantes, 87,5% do total) em bandeira laranja, 80 deles (10,3%, 1.165.152 habitantes) não apresentaram hospitalizações e óbitos nos últimos 14 dias.
Entre os 80 municípios (1.416.997 habitantes, 12,5%) em bandeira amarela, 54 (358.009 habitantes, 3,2%) não apresentaram hospitalizações e óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias.
Regiões em cogestão
Das 21 regiões em bandeira laranja, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba ainda não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado. As outras 18 já adotam protocolos alternativos às bandeiras definidas pelo governo – Santa Maria, Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado.
As regiões em cogestão classificadas em bandeira laranja podem adotar regras de bandeira amarela, basta que enviem protocolos próprios adaptados à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam).
Paralelamente aos pedidos de cogestão, o Estado aceitará pedidos de reconsideração à classificação de risco, que pode ser feito via associação regional ou pelo próprio município, exclusivamente por meio de formulário eletrônico (pelo link https://forms.gle/PyyAQ395a4e7opN39), no prazo máximo de 36 horas após a divulgação do mapa preliminar – até as 6h de domingo (11/10).
A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (12/10), por meio de notícia publicada no site do governo do Estado. A vigência das bandeiras da 23ª rodada começa à 0h de terça-feira (13/10) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (19/10).
• Clique aqui e acesse a nota técnica com as justificativas de
classificações das regiões.
RESUMO DA 23ª RODADA
Regiões que apresentaram melhora (4):
VERMELHA > LARANJA
• Santa Maria (em cogestão): a região de Santa Maria conseguiu reduzir o nível
de ocupação de leitos de UTI de uma semana para outra. Dos 37 pacientes
confirmados por Covid-19 exigindo tratamento intensivo na semana anterior, o
número caiu para 30 leitos na quinta-feira (8/10). O mesmo ocorreu para
pacientes SRAG – recuo neste mesmo período de 40 para 35 internados em UTI. O
registro de novas hospitalizações pelo coronavírus ao longo dos últimos sete
dias totalizou 32 casos, quando na semana anterior o total chegou a 51. A
região ampliou de 26 para 33 o número de leitos de UTI livres.
LARANJA > AMARELA
• Bagé: a melhora em dois indicadores fez a região de Bagé retornar à
classificação de bandeira amarela. Houve redução de nove para seis pacientes
com SRAG internados em UTI de uma semana para outra, assim como queda de cinco
para três no número de internados por Covid-19 em leitos clínicos.
• Palmeira das Missões (em cogestão): já com indicadores bastante positivos na semana passada, a melhora em um dos itens do modelo específico da região foi suficiente para que Palmeira das Missões ingressasse na bandeira amarela. A região registrou nove hospitalizações por Covid-19 na última semana, quando no período anterior chegou a 13 casos. Houve ainda redução de 14 para 12 os leitos de UTI ocupados por pacientes confirmados por coronavírus.
• Pelotas (em cogestão): a região de Pelotas registrou queda no número de hospitalizações por coronavírus nos últimos sete dias – de 39 casos para 21. O número de leitos de UTI ocupados por pacientes com Covid-19 também caiu, de 24 para 18. Além disso, a melhor situação em dois indicadores da macrorregião Sul contribuiu para que a região recebesse classificação de bandeira amarela – houve queda de 46 para 42 leitos de UTI ocupados por SRAG na macrorregião e queda de 37 para 30 nos casos de pacientes internados em estado grave por Covid-19.
Regiões que permanecem iguais (17)
BANDEIRA LARANJA
- Cachoeira do Sul (em cogestão)
- Canoas (em cogestão)
- Capão da Canoa (em cogestão)
- Caxias do Sul (em cogestão)
- Cruz Alta (em cogestão)
- Erechim (em cogestão)
- Guaíba
- Ijuí (em cogestão)
- Lajeado (em cogestão)
- Novo Hamburgo (em cogestão)
- Passo Fundo (em cogestão)
- Porto Alegre (em cogestão)
- Santa Cruz do Sul (em cogestão)
- Santa Rosa (em cogestão)
- Santo Ângelo (em cogestão)
- Taquara (em cogestão)
- Uruguaiana
Região que apresentou piora (0):
- (Nenhuma)
NÚMEROS DA 23ª RODADA
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com
Covid-19 reduziu 29% entre as duas últimas semanas (de 840 para 598);
• número de internados em UTI por SRAG aumentou 1% entre as duas últimas
quintas-feiras (de 751 para 760);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 aumentou 2% entre as
duas últimas quintas-feiras (de 659 para 674);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 3% entre as duas
últimas quintas-feiras (de 597 para 580);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 aumentou 4% entre
as duas últimas quintas-feiras (de 659 para 687);
• número de casos ativos aumentou 11% entre as duas últimas semanas (de 9.240
para 10.302);
• número de óbitos por Covid-19 reduziu 7% entre as duas últimas
quintas-feiras (de 272 para 254).
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (190), Caxias do Sul (73), Canoas (38), Passo Fundo (38), Novo Hamburgo (35) e Santa Maria (32).
Comparativo: situação entre 10 de setembro e 8 de outubro
• número de novos registros semanais de hospitalizações confirmadas com
Covid-19 reduziu 40% no período (de 997 para 598);
• número de internados em UTI por SRAG reduziu 17% no Estado no período (de 917
para 760);
• número de internados em leitos clínicos com Covid-19 reduziu 16% no período
(de 803 para 674);
• número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 3% no período (de
713 para 580);
• número de casos ativos aumentou 2% no período (de 10.066 para 10.302);
• número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 aumentou 18% no
período (de 583 para 687);
• número de óbitos por Covid-19 acumulados em sete dias reduziu 25% no período
(de 340 para 254).