A baixa procura pela segunda dose da vacina contra covid-19 é um problema que vem acontecendo em todo o país. Mais de 1 milhão de brasileiros não completaram sua imunização, segundo dados do Ministério da Saúde. Comportamento totalmente contraindicado.
A segunda dose é indispensável para que o vacinado adquira o nível máximo de proteção oferecido. Além de aumentar a proteção, a dose de reforço também ajuda a prolongar a imunidade recebida através da vacina. Situação que acaba diminuindo tanto a taxa de contágio como o número de internações.
Outro aspecto que deve ser ressaltado é o tempo de resposta até que a vacina atinja o máximo de eficácia: geralmente depois de duas semanas é possível detectar um nível de proteção, mas os níveis máximos são registrados cerca de um mês após o término da vacinação.
Além disso, uma pessoa vacinada apenas com uma dose tem mais chances de transmitir o vírus. Assim, a imunização pela metade também prejudica a imunidade de grupo, facilitando a proliferação do vírus e fazendo com que a pandemia continue por mais tempo.
A imunização parcial ainda pode favorecer o surgimento de variantes mais resistentes: por exemplo, uma variante que não sobreviveria no organismo de alguém com a vacinação completa pode resistir aos anticorpos daqueles que tomaram somente a primeira dose.
Mesmo aqueles que deixaram passar o prazo para o recebimento da segunda dose devem procurar completar sua imunização. Ainda que esse atraso possa fragilizar a imunidade do vacinado, ele estará mais protegido tendo recebido a segunda dose em atraso do que com a imunização pela metade.
Em resumo: para ficarmos resistentes contra o vírus, devemos completar nossa imunização tomando as duas doses da vacina.
Confira o intervalo ideal entre as doses para cada um dos imunizantes aplicados no Brasil: