Nesta sexta (3), o JM Digital conversou sobre a vacinação contra covid-19 em Tupanciretã com a Coordenadora de Imunização Municipal, Andrea Appel. A enfermeira comentou sobre o andamento da vacinação para adultos, os números relativos à vacinação de não-residentes, e também sobre a aplicação de terceira dose, a qual, segundo o Ministério da Saúde, deve iniciar a partir da segunda metade de setembro.
Quem olha os dados da vacinação em Tupanciretã no Vacinômetro do Governo do Estado se depara com a seguinte situação: dentro dos dados referentes ao quantitativo de vacinas aplicado dentro do município, aparece uma seção dedicada aos não-residentes, que somam 5094 vacinados. Andrea Appel comentou sobre essa questão:
- “Acessando o site da Secretária Estadual de Saúde, lá consta que haviam quase 5000 não-residentes vacinados. Essas pessoas não entram na cobertura do município, e isso prejudica bastante, tendo em vista que sabemos que cerca de 4000 pessoas desse grupo, são, na verdade, residentes do município. O que acontece é a falta de atualização do Cartão SUS, que impacta diretamente na hora dos registros junto da Secretaria. Estamos vendo alguma forma de reparar esse problema, porém leva tempo. Mas sabemos que, na prática, o pessoal está vacinado”.
A vacinação de primeira dose para toda a população adulta da cidade também foi tema da entrevista:
- “Fizemos cerca de seis ações de oferta para pessoas acima dos 18 anos. Então, foi feita uma solicitação para que parem de mandar doses, para que assim possamos avançar na vacinação dos adolescentes. Quem tinha que ser vacinado, de 18 anos para cima, já foi. Cada vez que fazemos uma ação de vacinação de adultos, o público diminui cada vez mais, na última, foram cerca de 30 pessoas. Mas sempre estamos fazendo essa repescagem para abarcar o pessoal que ainda não se vacinou. Certamente, mesmo abrindo vacinação para os adolescentes, ainda haverá adultos não vacinados.”
A importância segunda dose, tão ressaltada nas mídias pela função de não só garantir maior proteção, mas também impedir a ocorrência de novas variantes, foi comentada por Andrea:
- “A segunda dose é tão importante quanto a primeira. Quem recebeu apenas uma dose não está imunizada. Os próximos dias de aplicação de segunda dose já estão nas mídias. Estamos fazendo a segunda aplicação no mínimo intervalo possível, de dez semanas, para acelerar essas segundas doses”.
Anunciada pelo Ministério da Saúde como estratégia de fortalecimento da imunidade, a terceira dose também foi assunto da entrevista:
- “O que sabemos é que irá iniciar a partir de 15 de setembro, para idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos. A princípio, não será para todo mundo. Já estamos programando a estratégia, pois serão três etapas de vacinação a serem atendidas”, disse, sendo importante ressaltar que a aplicação de terceira dose foi decidida em meio à campanha de vacinação, situação que exige ajustes com mais cautela e atenção.