Cantora Dayana Neto comenta classificação para a Califórnia da Canção Nativa
Tupanciretanense interpreta a canção Legado no festival de música gaúcha realizado em Uruguaiana
Publicada em 10/12/2021 às 20:19h
Leonardo Pinto dos Reis - estudante de Letras
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(Foto: JM Digital)
A cantora tupanciretanense Dayana Neto estará presente na 43ª Califórnia da Canção Nativa, festival de música nativista disputado em Uruguaiana. No evento, que ocorre de 17/12 a 19/12, Daiana interpretará a canção Legado, de autoria de Mário Amaral e Marcelo Bravo (letra) e Beto Gonzales (melodia).
Durante a infância e adolescência, Dayana participava de festivais de música gaúcha, prática da qual acabou se distanciando com o passar do tempo. Porém, nos últimos anos, a arte riograndense e a cantora voltaram a se aproximar:
“Sempre cantei, desde muito pequena. Participei de festivais mirins, sempre muito bem classificada. Então, parei uns 15 anos. No ano passado, iniciei um projeto no rádio, e fui me aproximando de cantores do nosso estado, meus ídolos, e surgiram parcerias. Minha primeira composição, a nível profissional, foi com João Chagas Leite: a canção Segredos, de letra de minha autoria”, disse.
A oportunidade de participar da Califórnia surgiu a partir desse projeto, que permitiu contato com artistas do meio nativista:
“Iniciando em setembro, eu e a cantora Mônica Ramos, realizamos projeto de entrevistas com cantores e compositores. E eu fui agraciada com essa composição chamada Legado. Mandamos a canção para a seleção da Califórnia da Canção Nativa, e, para minha surpresa, a música foi classificada. Fiquei muito feliz. Depois de 15 anos parada, a primeira vez que eu mando uma canção para um festival profissional, consigo classificação para a Califórnia da Canção Nativa. Subir no palco da Califórnia já é um troféu”, comemorou Daiana, citando o também tupanciretanense Regis Reis, que participa do festival com duas composições de sua autoria.
Falando sobre a canção que defenderá no festival, Dayana explicou a temática do chimarrão, e a menção à deusa da erva-mate e ao deus Tupã. A cantora inclusive deu detalhes sobre sua interpretação:
“A música Legado tem uma letra incrível, tratando sobre o chimarrão. Fala da deusa da erva-mate e também do deus Tupã. Para a apresentação, vou vestida de bugra missioneira. Vou representar a mulher indígena, a mulher tupanciretanense”, disse.